Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Compreensão e fé

Mergulhados nos desafios do cotidiano, nos acostumamos com as preocupações imediatas, mais visíveis da vida, e perdemos o sentido transcendente da existência.

De um lado, encontramos propostas religiosas tradicionais que, muitas vezes, não dão conta de preencher nossos anseios, ou de responder às discrepâncias e injustiças com as quais nos deparamos diariamente.

De outro lado, o imediatismo das conclusões científicas, algumas delas pautadas em princípios materialistas, que reduzem nossa existência a um apanhado de células fortuitamente agregadas.

Assim, convencidos racionalmente por um lado, e sem respostas para alimentar nossa Espiritualidade de outro, acabamos nos afastando de tudo aquilo que transcende a matéria.

E, muito embora, sob os anseios da busca por explicações para uma realidade palpável que sentimos pulsar em nós, vivemos para as coisas do agora, do imediato.

Dessa forma, enfrentamos as lutas da existência sem nenhum suporte emocional, sem nenhum roteiro lúcido a nos indicar caminhos seguros.

É natural, portanto, que, em momentos de desafios mais intensos, sob os camartelos da dor, da dificuldade, enveredemos por caminhos tortuosos e de complexa solução.

Não encontrando na ciência o consolo para as aflições da alma e não entendendo as religiões como possibilidades de amparo, nos desesperamos.

Somos os que, ante a dor pela morte de um ente querido, acabamos em aflição extrema, amargurando-nos no inconformismo.

Ou enfrentando doença grave, ou uma limitação física que se impõe, afundamo-nos na depressão, sem alento para buscar uma solução.

Melhor seria construir nossa compreensão a respeito dos objetivos da vida nos dias de tranquilidade, a fim de bem enfrentar os de tormenta e desafio, inevitáveis para todos, neste mundo em que, segundo Jesus, teremos aflições.

Será através de reflexões profundas sobre a existência de Deus e Sua infinita bondade, sobre a perfeição e justiça de Suas leis, sobre o amparo constante do Seu amor, que poderemos entender que tudo tem uma razão de ser.

Será na compreensão de que a vida, no seu sentido mais amplo, não se inicia no ventre materno nem se extingue no túmulo, que nos perceberemos como seres imortais, vivenciando uma experiência de mortalidade, mas finitos apenas na carne, pois prosseguimos a viver após a morte do corpo.

E, exatamente por essa razão, trazemos um plano traçado para cada existência física, objetivando nosso progresso através da vivência das Leis Divinas, sintetizadas no amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos.

Dessa forma, dia a dia, iremos construindo nossa fé, nossa confiança em Deus, compreendendo, como nos ensinou Jesus, que Deus é nosso Pai, que nos ama, que vela por nós.

Por fim, compreenderemos que nesta vida, tudo passa, tudo é transitório. Passa a dor, passa o problema, passa a tempestade, chega a bonança.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 1º.11.2016.

 

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