Todos sonhamos, um dia, possuir uma família harmoniosa, repleta de amor e carinho.
Mas a grande maioria das famílias, na Terra, ainda é formada de criaturas carentes de simpatia, de afetividade, e sem disposição para amar sem interesse.
Isso acontece porque reunimos em nosso grupo familiar almas com as quais ainda não construímos laços de afinidade.
Quando o núcleo familiar estiver assentado em um relacionamento realmente afetivo, mais fácil será conseguir-se um quadro de carinho verdadeiro.
Quando o amor for cultivado e manifestado sem medos e sem receios, teremos uma família bem constituída e bem consolidada.
Seus integrantes serão moralmente bem estruturados e fortalecidos para os desafios naturais da existência.
A família nasce do amor e dele se alimenta.
Ela não é apenas a base da sociedade, mas base de toda a Humanidade.
É na família que as gerações se encontram, transmitindo suas experiências de uma para outra.
Qualquer quebra, enfraquecimento ou instabilidade nos vínculos de amor desse conjunto provocará sempre, maior prejuízo para os filhos.
Numa fase em que, com justa razão, o mundo clama por paz, a única solução definitiva é o cultivo do amor incondicional por parte de todos os homens.
Cultivar o hábito de amar é um aprendizado que começamos a desenvolver na vida em família.
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O tratamento que, por vezes, costumamos oferecer aos nossos amores, nem sempre é o mesmo que queremos deles receber.
As palavras, que de ordinário proferimos, ao nos dirigirmos aos mais próximos, sequer pensamos em ouvir de alguém.
Os favores, as gentilezas negadas por simples pirraça ou desdém, se por nós recebidos nos deixariam fora dos eixos.
Os gestos, os movimentos que utilizamos para provocar, não os queremos para nós.
Afirmamos que é difícil tratar bem os mais próximos, porque se convive mais intimamente e por mais tempo, e os atritos surgem... E, porque a paciência em casa é mais difícil de se manter, frente a tantos problemas que aparecem.
Mas se analisarmos, nesses mesmos exemplos, encontraremos as oportunidades que favorecerão um convívio mais leve, agradável e feliz.
Se a família nasce do amor e com ele se alimenta, é tempo de utilizarmos um olhar mais amoroso na intimidade do lar.
Se algo não nos agrada, antes de reagir devemos buscar agir, indo ao encontro do outro com um diálogo esclarecedor.
Se ainda utilizamos defesas e palavras chulas ou agressivas, é hora de vigiarmos mais nosso falar.
Se gostamos de receber favores ou colaboração, sigamos o ensinamento de Jesus de praticar esses mesmos atos com mais carinho, junto ao outro.
A convivência mais longa permite conhecer melhor a nós mesmos e ao outro. E, nos esforçando por nos melhorar, poderemos fazer mais por todos.
Paciência quer dizer a ciência da paz, que quanto mais praticada melhor se faz.
Ajudar em casa é tarefa de todos os que compartilham suas benesses.
Direitos e deveres devem ser metas cumpridas com carinho, sempre.
Na boa convivência doméstica, é que se concretiza o aprendizado da solidariedade e do amor com que as gerações modelarão o futuro.
Importante, pois, decidirmos pelo amor!
Redação do Momento Espírita, com base no texto
Relacionamento familiar, pais e filhos, de
Herculano Pires, do Editorial de Reformador
de maio 2002.
Em 1º.10.2016.
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