Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Projetos inacabados

Faz parte da natureza humana sonhar e idealizar as mais variadas realizações.

Um hábito muito comum é a lista que fazemos no início de cada ano, as famosas proposições de Ano Novo.

Costumamos relacionar hábitos nocivos a serem abandonados, cursos a serem iniciados e virtudes a serem adquiridas...

Propostas razoáveis e, na maioria das vezes, necessárias ao nosso desenvolvimento.

No entanto, comumente, antes mesmo da primeira semana do ano acabar, a lista é abandonada em alguma gaveta, juntamente com a disposição sincera de mudança que a havia inspirado.

E lá se vão para o esquecimento, mais uma vez, as mudanças prometidas para nós mesmos.

A quem esperamos enganar?

Afinal, a proposição de reforma íntima atinge primeiramente ao próprio interessado.

Propostas como essas, abandonadas, lembram projetos que iniciamos e não realizamos.

São barcos que jamais alcançam o mar.

Textos sem ponto final.

Obras que não saem da prancheta de desenho.

Músicas jamais executadas.

Flores que não desabrocharam.

Filhos que não nasceram.

Amores inconfessados.

Desenhos que nunca tocaram um papel.

Promessas não cumpridas.

Sonhos abandonados.

Os dias passam rápidos. As folhas brotam, crescem e, mais adiante, caem das árvores, enquanto passamos nossos dias adiando partidas, retardando começos e cancelando mudanças.

E o que poderia acontecer de modo voluntário, acaba se tornando obrigatório.

A vida, um dia, há de nos cobrar pelas realizações que nos caberiam e que não levamos a termo.

Que realizações serão essas?

Grandes feitos? Conquistas retumbantes?

Não.

Por certo, as mais significativas missões que nos foram confiadas têm o objetivo de domar nossas próprias imperfeições.

É tão difícil vencer hábitos antigos! – Podemos argumentar.

No entanto, mais difícil ainda será conviver para sempre com costumes infelizes que amargam a nossa existência e a daqueles que nos cercam.

Projetos inacabados, por certo, temos vários.

Qual deles retomar e concluir de uma vez por todas?

Cada um de nós deverá saber qual é o mais urgente e mais viável, neste momento.

Trata-se de uma decisão intransferível e inadiável.

É chegada a hora de realizar e de transformar.

É hora de abandonar as desculpas que nos serviram de muletas por tantos séculos, retardando-nos, no mesmo compasso de atraso e de teimosia vã.

*   *   *

Que o dia de hoje seja uma marca significativa na linha do tempo de nossas existências.

Pouco importa o dia da semana.

Não interessa em que mês do ano estejamos.

Não há porque esperar por outra oportunidade.

Chances são como brisas que surgem rapidamente e se vão de igual forma.

Não há motivo real e justo para permanecermos estacionados enquanto a vida nos chama a realizar o bem.

Coragem e disposição hão de ser a inspiração que nos faltava.

Não amanhã, mas hoje.

Não depois, mas a partir de agora.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 6.10.2016.

 

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