A cada quatro anos acontecem as Olimpíadas. Foi o historiador e pedagogo francês Pierre de Frédy, também conhecido como Barão de Coubertin quem restabeleceu os Jogos Olímpicos da era moderna.
Ele declarava que o importante nos jogos olímpicos não era vencer, mas competir... O essencial não era triunfar, mas batalhar.
Coubertin acreditava que a competição sadia poderia criar um bom caráter, promover um julgamento sólido e estimular a boa conduta. As Olimpíadas, segundo ele, poderiam ensinar as pessoas a viver em paz.
O que nos chama a atenção, a cada Olimpíada é a história reprisada de centenas de atletas que se apresentam, com o objetivo de honrar as cores do seu país, levando consigo a medalha de ouro. Ou, ao menos, a de prata ou de bronze.
Eles se preparam para as mais diversas modalidades. Todos investem horas e horas de treinamento, se impõem muitas renúncias, intensa disciplina, concentração.
Mas o que se observa, em cada competição, é que aquele que brilhou de forma ostensiva na Olimpíada anterior, ou nas competições preparatórias, nem sempre consegue reprisar o mesmo sucesso.
Há os que chegam à Olimpíada como grandes promessas, contudo, muitas vezes não conseguem superar as marcas de outros atletas.
Então, o ouro tão ambicionado, e conquistado anteriormente, não torna a ser colocado em seu peito.
Isso nos fala da transitoriedade do mundo, de como hoje podemos ser aplaudidos, intensamente, ovacionados, tidos como os melhores do mundo nessa ou naquela modalidade e, logo mais, alguém nos supera e leva a glória.
Nosso lugar no pódio é ocupado por outros, a mídia nos esquece e foca no vencedor do momento, numa constante renovação de atletas melhores e melhores.
Isso nos diz de como tudo é efêmero no mundo. Aliás, não foi diferente com o Mestre Jesus. Quem O ovacionou em Sua entrada triunfal em Jerusalém, recebendo-O com palmas e colocando seus mantos no chão para serem pisoteados pelo jumento que Ele montava, O apuparam na semana seguinte.
Mesma localidade, poucos dias de diferença, e um cenário tão diverso...
Se ao Mestre, Modelo e Guia, Espírito de inigualável grandeza na Terra, assim fizeram, o que podemos nós, pobres criaturas ainda em evolução, almejar?
Como podemos imaginar que aqueles que hoje nos aplaudem, amanhã continuarão conosco, se a cena for diferente, se situações adversas se apresentarem, se outras forem as circunstâncias?
Isso deve servir para nos trabalhar o orgulho. Para nos alertar da transitoriedade de tudo na Terra.
Permanente somente nossas conquistas morais, nosso crescimento interior, nossa evolução intelectual, nosso progresso geral.
Patrimônio inalienável, que nos seguirá ao longo de todas as vidas.
Pensemos nisso e invistamos mais no nosso patrimônio de Imortalidade, em nossa condição de Espírito, nas conquistas que o ladrão não rouba e a traça não corrói.
Redação do Momento Espírita.
Em 16.9.2016.
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