Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Intérprete de Deus

Eu e o Pai somos um. – Dessa forma, o Suave Rabi da Galileia se identificou, apresentando as Suas credenciais.

Tal frase, anotada pelo Evangelista João, de forma equivocada serviu de argumentação para alguns considerarem como o próprio Deus ao Mestre Jesus.

Contudo, o que desejava nos dizer o Cristo é que Ele interpretava o pensamento de Deus sobre a Terra. De tal modo comungava com o Pai, que sabia exatamente expressar a Sua vontade.

Espírito enviado para nos servir de Modelo e Guia, elegeu-se o intérprete de Deus, para isso se servindo de simbologias, parábolas, imagens figurativas.

Tudo para nos dar aproximada ideia da infinitude Divina.

A fim de nos oferecer a lição de esperança na Providência Divina, que tudo vê, tudo provê, a tudo está atenta, ergueu Sua voz para declamar:

Contemplai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem armazenam em celeiros. Contudo, vosso pai celestial as sustenta. Não tendes vós muito mais valor do que as aves?

E continuando: Olhai os lírios do campo. Eles não fiam, nem tecem. Eu, todavia, vos asseguro que nem mesmo Salomão, em todo o seu esplendor, pôde se vestir como um deles. 

Então, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, quanto mais a vós outros, homens de pouca fé.

Para legitimar a nossa filiação Divina, ensinou: Um só é o vosso pai, o qual está nos céus.

E para que entendêssemos a qualidade desse Pai, lecionou: Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate se lhe abrirá.

Qual pai, dentre vós, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião?

Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o pai celestial àqueles que lhe pedirem?

Servindo-se da oportunidade em que um homem correu ao seu encontro e ajoelhando-se, lhe indagou: Bom mestre! O que devo fazer para herdar a vida eterna?

Replicou: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus!

Mestre de todos os tempos, testificou a lei do trabalho como Lei Divina, ao expressar que o Pai trabalha incessantemente e eu trabalho também.

Jesus! Ninguém maior do que Ele sobre a face da Terra, em todos os tempos. Intérprete de Deus, nos lecionou a lei do amor, dizendo-nos que Deus, o Pai, deveria ser amado acima de todas as coisas.

Em Seu discurso de despedida, sentenciou: Na casa de meu pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Vou à frente preparar-vos o lugar.

Que lição magnífica: o nosso retorno será para a casa do Pai, que nos criou e alimenta com amor. Pai que nos protege, nos guarda e aguarda.

Aguarda que, filhos pródigos, retornemos à casa paterna, para sermos felizes, no Seu seio, todos nós, os Seus filhos.

Filhos de todas as raças, todas as nações, todos os credos. Filhos do Seu amor. Criados para o amor.

Oxalá apressemos esses dias para nossa própria felicidade.

Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 31, ed. FEP.
Em 22.3.2017.

 

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