A contabilidade divina não erra e não precisa de auditoria externa.
Diante de um erro, por vezes, pensamos que, pelo simples fato de sentirmos remorso ou nos arrependermos, está tudo resolvido.
No entanto, não se dá dessa forma.
O remorso é a inquietação da consciência por culpa ou crime que cometemos.
É o primeiro passo, e a esse deve seguir o arrependimento.
Arrependimento é o pesar pelo que fizemos ou pensamos. É o prenúncio de mudança de opinião.
Após o arrependimento, portanto, deverá vir a disposição para a reparação do equívoco.
Remorso, arrependimento e reparação. Ou seja, a consciência pesa e desejamos uma nova postura. Isso pede esforço pessoal e continuada busca pela reparação.
É a trajetória positiva modificando o passado negativo.
Todos fomos criados para aprender e evoluir. Os erros fazem parte do aprendizado. E, como bons alunos, reconhecendo uma lição mal feita, devemos refazê-la.
De nada nos vale ficar olhando para a lição mal feita, apenas lamentando. Assim não haverá progresso no aprendizado.
Uma vez reconhecido o equívoco, devemos repará-lo, efetivamente. Então teremos aprendido.
Lições aprendidas são lições superadas. Estaremos aptos para novas lições a fim de galgar outros degraus na escola da vida.
Dessa forma, não há castigo nem perdão previstos nas soberanas leis divinas, no sentido comum desses termos.
Há, sim, equívoco pedindo reparação. Erro pedindo acerto. Problema pedindo solução.
E a oportunidade de reparação, de refazimento, vem do amor de Deus que nos dá esse ensejo para buscar o acerto, a correção.
As leis divinas, nas quais todos estamos mergulhados e sujeitos, levam em conta nossa intenção e não somente o ato ou o fato em si.
Se, por exemplo, dois homens se jogam na água: um, para acabar com a própria vida. Outro, para tentar salvar a vida de alguém que está se afogando e ambos morrem, como serão julgados pelas leis divinas?
O que se suicidou responderá diante das leis pelo seu ato infeliz. Na tentativa de fugir da vida, acarretou mais problemas para si mesmo.
Terá que recomeçar as lições interrompidas pelo ato infeliz e reparar suas faltas em uma nova existência.
Quanto ao outro, será visto pelas leis divinas como um herói, desde que sua intenção era a de salvar a vida do seu semelhante.
As leis divinas tudo veem, tudo sabem e delas ninguém está apartado. Não há castigo, nem perdão. Há equívoco e oportunidade de reparação.
As leis de Deus consideram atenuantes e agravantes, de conformidade com a condição evolutiva e o grau de consciência de cada indivíduo e sua real intenção.
Não nos iludamos pensando que poderemos burlar as leis que regem o universo moral. Isso é absolutamente impossível.
As leis divinas estão inscritas na nossa própria consciência, portanto, nenhum de nós poderá alegar ignorância.
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No momento da morte lembramos de tudo o que se passou conosco desde o nascimento até o fim da existência.
É como se fosse uma fita de vídeo na qual tudo foi gravado e que se assiste em instantes.
Essa é a maneira pela qual Deus nos lembra de todos os atos da existência que termina, de forma que não possamos sequer dizer que os esquecemos.
Redação do Momento Espírita.
Em 31.8.2016.
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