É louvável o sentimento de gratidão que desenvolvemos para com as pessoas que nos auxiliam.
Pessoas que alteraram o rumo das nossas vidas, pessoas que, em algum momento, nos dirigiram palavras de tal profundidade, que nos redirecionaram o sentido da existência.
Nesse rol, se encontram pais, avós, tios, colegas, amigos, professores. Pessoas que fizeram a grande diferença em nossa jornada.
Contudo, existem outras que transitam pela nossa vida uma única vez, nos oferecem algo grandioso e se vão.
Por vezes, nem temos ciência do quanto devemos a essas criaturas. Coisas que o tempo se encarrega de nos elucidar, vez ou outra.
É o caso de Mike Hughes que, em 1998, nos Estados Unidos, durante um incêndio, entrou em uma casa repleta de fumaça e fogo, para realizar o seu trabalho.
Bombeiro experiente, algo lhe segredou que revisasse determinado quarto, onde ele encontrou, no berço, uma menina de nove meses.
Ela inalara muita fumaça e se mostrava assustada. Ele a tomou nos braços, foi para fora e iniciou os processos de conclusão do resgate.
A presteza do atendimento determinou que Dawnielle Davison fosse salva.
Os anos se passaram. Aposentado, Hughes descobriu um recorte de jornal do dia em que realizara aquele resgate.
Ficou curioso sobre o paradeiro da menina e a procurou no facebook. Ela estava com dezessete anos.
Os dois conversaram online. A garota confessou que não tinha ideia de quão perigosa tinha sido sua situação, naquele incêndio.
Emocionou-se ao descobrir quem a salvara e que, decorridos anos, se importara o suficiente para procurá-la, a fim de saber como estava.
Então, para a sua formatura do colegial, além da presença da família e dos amigos, ela convidou o seu herói.
E ele compareceu. Foi um reencontro emocionante. Salvador e resgatada se abraçaram, sorrindo.
Confessou o bombeiro: Fiquei muito feliz ao receber o convite. Não sei como descrever esse reencontro. As lágrimas são de felicidade ao perceber como as coisas poderiam ter dado errado.
* * *
Aprendemos que o amor de Deus designa a cada um de Seus filhos um anjo de guarda. Um guardião que lhe abençoa a vida e zela por seu tutelado.
É essa presença amiga que nos intui, por vezes, de forma sutil, orientando-nos a que busquemos esse ou aquele caminho.
Preserva-nos de muitos perigos. Inspira-nos para o bem.
Ao lado desse guardião espiritual, temos ainda Espíritos amigos, do agora ou de tempos idos, que nos amam e nos dispensam cuidados.
Também Espíritos familiares nos acompanham a trajetória, desejando que triunfemos em nossos empreendimentos.
Enfim, enquanto encarnados, todos podemos ser objeto de cuidados de pessoas transformadas em agentes do bem, que atuam em nosso benefício, sob a influência generosa dessas criaturas abnegadas.
Afeitas ao atendimento ao próximo, mostram-se abertas às intuições. É assim que entram em um quarto para salvar da morte um bebê.
Ou têm suas mãos orientadas em delicada cirurgia para o êxito pleno da restauração de uma vida.
Anjos de guarda – no Além e na Terra. Sempre os temos. Recordemos de demonstrar gratidão.
Redação do Momento Espírita,
com base em fatos.
Em 6.8.2016.
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