Para os que desejamos, todos os dias descobrimos que é possível realizar mudanças positivas em nossas vidas.
Caso interessante é o do mágico David Copperfield. Afirma ele que não se considerava propriamente sovina, mas muito ambicioso.
Gostava das reações que provocava quando fazia mágicas e se concentrava cem por cento no trabalho. Dedicando-se com exclusividade à técnica, nunca tivera tempo para outra coisa.
Na década de oitenta, trabalhando em um programa de televisão, ele começou a receber cartas. Uma delas parecia de um garoto, pela letra infantil, e perguntava como se fazia um determinado truque.
David respondeu. E a correspondência entre ambos foi se estreitando, até o dia em que o garoto incluiu na remessa um artigo de jornal sobre si mesmo.
Não era um garoto, mas sim um rapaz de pouco mais de vinte anos, numa cadeira de rodas.
Ele nunca havia mencionado a sua incapacidade física. David o foi conhecer. O jovem trabalhava como mágico em festas e eventos.
Ele não se considerava deficiente porque tinha uma habilidade: fazer mágica.
Conseguia cativar a plateia com o que podia fazer e não se preocupava com o que não podia.
Aquela experiência fez com que David pensasse em fazer algo diferente. Enxergou a possibilidade de ajudar pessoas.
Procurou o Centro de Medicina Diagnóstica e de Reabilitação no Memorial Hospital Daniel Freeman, na Califórnia e ofereceu-se para ajudar.
Era grande o número de vítimas de traumas físicos. David fez demonstrações de magia com artigos usados na fisioterapia: blocos, cordas, elásticos.
Com os terapeutas, estudou e criou um programa que usa a mágica como terapia para pacientes – o Projeto Mágica.
Os primeiros resultados foram marcantes. Uma menina de oito anos, vítima de um acidente vascular cerebral, retornou ao uso da mão direita, para reproduzir uma mágica com elásticos.
Um garoto com traumatismo craniano surpreendeu a família que o foi visitar.
Sentado na cama, bem vestido e com os cabelos penteados, ele mostrou a mágica que aprendera.
Antes disso, ele não podia nem mesmo sorrir. Não havia movimento no seu rosto. Quando fez sua primeira mágica, os pais e o irmão ficaram boquiabertos.
Ao ver aquilo, o jovem curvou um dos cantos de sua boca, ensaiando um sorriso.
O Projeto Mágica se estendeu a muitos hospitais e funciona em trinta países.
David diz que ainda busca o equilíbrio entre o tempo pessoal e o trabalho.
Afirma saber que seus espetáculos são bons pela reação do público. Sente o mesmo em relação às reações que as pessoas têm quanto ao trabalho do seu Projeto.
Ver as expressões de prazer nas fisionomias dos pacientes e das famílias, o deixa feliz por saber que suas vidas estão melhores.
* * *
Todos podemos auxiliar. Todo gesto nobre tem seu lado útil.
Basta somente um pouco de tempo para olhar além do cotidiano, do dia a dia.
É suficiente desejar ajudar alguém.
Pensemos nisso! Mas pensemos agora!
Redação do Momento Espírita, com base no artigo Um pouco de magia,
de autoria de David Copperfield, da Revista Seleções Reader’s Digest,
de janeiro/2004.
Em 6.7.2016.
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