Você tem o hábito de orar a Deus?
Nas suas necessidades, costuma recolher-se, a fim de vincular-se a Deus, e compartilhar com Ele suas dificuldades?
Sempre será válido o recurso da oração, em qualquer momento da vida.
Durante a oração a alma alcança sintonias mais elevadas, e oportuniza a si momentos de inspiração, refazimento, reequilíbrio e coragem.
Quando oramos, nova frequência mental, salutar e revigorante, penetra nossa intimidade, reposicionando valores, proporcionando novo estado de ânimo.
A oração dispensa qualquer rito ou fórmulas adrede preparadas, lugares especiais ou momentos específicos.
Ora-se no ponto de ônibus, dentro do carro, no trânsito, ao chegar ao trabalho ou à escola, adentrando o lar ou na via pública.
Porém, muitos somos os que nos esquecemos de colocar nossas ações de conformidade com as orações que enviamos ao Pai Celestial.
Rogamos intensamente, pleiteamos o atendimento das nossas necessidades, elencamos a mãos cheias o que supomos nos fazer falta...
Porém, nossas ações no dia a dia, que deveriam se constituir numa prece, não apresentam esse caráter.
A prece é mecanismo fundamental para o bem-estar psicoemocional do indivíduo.
Porém, por vezes, se torna petitório vazio, quando permanece sem a ação coerente por parte daquele que ora.
Por isso recomendou Jesus: Buscai e achareis.
E, na mesma metáfora cristã, recomendou bater para que a porta se abra.
Dessa forma, sempre à prece, necessário se faz juntar os melhores esforços naquilo que podemos executar.
Qual seria a validade daquele que ora para ser cercado de amor, se traz o coração incendiado pelo ódio aos seus adversários?
Qual a coerência em se pedir aos céus os recursos materiais que carecemos, se os braços permanecem imobilizados na preguiça ou no mau agir?
Nas preces que fazemos, a Divindade também conta com parcela que provém de nós, mesmo que de pouco alcance ou limitada pelas nossas condições.
Muitos imaginamos na oração um mecanismo para eliminar problemas ou o aparecimento de soluções mágicas para nossa problemática.
É apenas a visão simplista, quando não infantil a respeito da nossa relação com Deus, e da prece como mecanismo de contato com ele.
A oração será sempre o combustível, a renovação do ânimo, o acordar da coragem.
Porém, a iniciativa, a tomada de decisão, a ação a ser executada caberá a cada um.
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Se desejamos um lar mais pacífico, a oração nos ajudará no equilíbrio íntimo, entretanto será de cada um a opção de mudar os próprios hábitos em prol da paz.
Se anelamos pelo sucesso profissional, pela conquista do emprego, a oração nos dará a inspiração, a coragem.
No entanto, a boa vontade, a dedicação e o suor virão de nós, no esforço pela busca do que almejamos.
Assim, não nos sirvamos da oração como simples instrumento de milagres intercessórios.
Ela efetivamente é capaz de operar prodígios, desde que façamos a nossa parte, como contrapartida do que desejamos ver realizado em nosso caminhar.
Redação do Momento Espírita.
Em 9.7.2016.
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