Os olhos são as janelas da alma.
Pois é. Na vida é assim: cada um enxerga a paisagem de acordo com seus recursos visuais.
Há as deficiências do aparelho visual, propriamente ditas, como o daltônico, que sofre de incapacidade para diferençar cores. Vê as cores de uma forma toda especial.
Alguns têm a impossibilidade de distinguir o vermelho do verde. Há o míope, também chamado de visão curta. Tem uma visão imprecisa do objeto olhado.
Geralmente a pessoa que tem esse ou aquele problema, costuma ver dessa ou daquela forma distorcida e não se dá conta de que não conhece os verdadeiros detalhes, formas e cores com que a natureza nos presenteia todos os dias.
Quanto à vida em si, também cada criatura tem a dimensão do fato de acordo com sua ótica emocional e mental.
Não é de se estranhar que encontremos pessoas que somente descubram erros, imperfeições, defeitos nas coisas.
São especialistas em descobrir fatos e pontos negativos... nos outros, é claro.
É a tal história de se colocar estendido numa parede um enorme lençol branco com uma única pintinha preta bem no meio.
Tais pessoas, ao serem questionadas sobre o que veem dirão de imediato: Uma pintinha preta, ignorando completamente o lençol e sua brancura.
Mas há aquelas que sabem ver além das coisas e das aparências. Conseguem ver beleza onde todos enxergam feiura.
Conseguem ver acerto onde outros somente veem o erro. Admiram o dia chuvoso, por saber do seu benefício para a vida.
Enfim, cada um vê com os olhos que tem. Cada um utiliza a sua lente particular para enxergar todos os acontecimentos.
Um velho sábio chinês caminhava por um campo de neve quando viu uma mulher chorando.
Por que choras? - Perguntou ele.
Porque me lembro do passado, da minha juventude, da beleza que via no espelho, dos homens que amei. Deus foi cruel comigo porque me deu memória. Ele sabia que eu ia recordar a primavera de minha vida, e chorar.
O sábio ficou contemplando o campo de neve, com o olhar fixo em determinado ponto. A certa altura, a mulher parou de chorar.
O que estás vendo aí? - Perguntou.
Um campo de rosas. - Disse o sábio. Deus foi generoso comigo porque me deu memória. Ele sabia que, no inverno, eu poderia sempre recordar a primavera, e sorrir.
Dessa forma, consulte a sua consciência em todas as circunstâncias de sua vida.
Não aja ao impacto da emoção, onde muita vez se confunde capricho com raciocínio correto.
Pense sempre em como gostaria que os outros agissem em relação a você.
Não deixe marcas negativas nos seus caminhos ou nas pessoas com quem convive, mesmo que por instantes. Normalmente, voltará a se defrontar com essas mesmas pessoas.
Lute contra as suas más inclinações para o seu próprio bem.
Cada dia é um investimento novo da vida, de que terá que dar contas.
Coloque as lentes do amor sobre as suas deficiências e observe a vida, as pessoas e as coisas sob um ângulo feliz, rico de belezas.
Dessa forma, você produzirá mais e para o bem.
* * *
Teus olhos são duas estrelas colocadas por Deus no céu da tua face.
Usa-os para derramar a claridade da visão feliz por onde segues, apesar das dores ou das dificuldades que carregas.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7, do livro
Viver e amar e no verbete Olhos, do livro Repositório de sabedoria,
v. II, ambos pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 3.6.2016.