Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Humano e Divino

Giorgio Vasari, conhecido principalmente por suas biografias de artistas italianos, escreveu:

De tempos em tempos, o céu nos envia alguém que não é apenas humano, mas também Divino, de modo que, através de seu espírito e da superioridade de sua inteligência, possamos atingir o céu.

Entre esses, com certeza, se inclui Leonardo da Vinci, vindo ao mundo em 15 de abril de 1452, perto de Florença.

O extraordinário e diversificado talento de Leonardo manifestou-se nos primeiros anos de vida.

Belo e forte, era excelente esportista, ótimo nadador e cavaleiro; engenhoso artesão e mecânico.

Logo revelou seus dons inventivos. O desenho e a pintura também atraíram seu interesse, demonstrando seus dotes artísticos.

Era tido, por seus contemporâneos, como um arquiteto perigosamente ousado e um louco cientista.

Sobre um ponto, no entanto, todos se viam obrigados a concordar: Leonardo era um argumentador fascinante, um polido conversador, um contador de histórias "mágico" e fantástico, um gênio da palavra acompanhada da mímica.

Falando da ciência, fazia calar os cientistas. Argumentando sobre filosofia, convencia os filósofos. Inventando fábulas e lendas, conquistava os favores e a admiração das cortes.

Sempre, e em qualquer lugar, Leonardo era o centro das atenções. E jamais decepcionava seu auditório porque tinha, todas as vezes, alguma história nova para contar.

Possuía uma reserva inesgotável de historietas. Eram ditos espirituosos, fábulas e apólogos de bom gosto literário e conteúdo moral.

Suas fábulas passavam rapidamente de boca em boca, com as inevitáveis variações da repetição oral, e os invejosos procuravam em vão as fontes tradicionais de suas histórias.

Da sua engenhosidade nasceram as máquinas de nossa civilização, desde a bicicleta até o avião e o submarino.

E a ciência tem em Leonardo da Vinci, em termos de observação da natureza, seu pai espiritual.

Pois essa criatura admirável, em seu livro Das profecias, escreveu: O homem é o destruidor de todas as coisas criadas.

*   *   *

Nunca, como hoje, na longa História de nosso planeta, uma afirmativa foi mais verdadeira e tão tragicamente atual.

Nosso século, que vê o homem voar como os pássaros, e emigrar para outros planetas, também assiste a cenários tristes de destruição.

Por onde passa, o homem deixa as suas pegadas destrutivas.

Vai à praia e a enche de latas, garrafas, lixo de toda espécie. Polui rios e mares, interferindo na vida aquática.

Transita pelas estradas, que cortam as florestas ao meio, lançando toda sorte de detritos.

O homem, tido como o senhor da Criação, estabelece a caça e a pesca como lazeres predatórios, esquecendo-se de que todo abuso redundará em carência, logo mais.

E, se destrói o que está em seu entorno, projeta para si próprio uma vida de muitas dificuldades.

Isso porque a natureza responde à agressão com temperaturas extremas, com falta d´agua, com terras áridas, onde antes abundavam as searas.

Se Deus envia pessoas especiais para nos apontar coisas Divinas, sinalizando as venturas de que podemos gozar, atentemos para o que nos prescrevem.

Repensemos nossas atitudes. Ainda há tempo de reconstruir, de refazer caminhos, de revigorar uma Terra exaurida e explorada, sem limites.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base em dados
biográficos de Leonardo da Vinci.
Em 22.6.2016.

 

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