Apolônia de Alexandria, que mais tarde veio a ser conhecida como Santa Apolônia, fez parte de um grupo de mártires que padeceram em Alexandria, no Egito, durante um levante local contra o cristianismo.
Torturada, teve os dentes violentamente quebrados e arrancados. Por essa razão, é popularmente considerada a protetora dos dentistas e daqueles que sofrem de problemas dentais.
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Sensibilizado com os dados alarmantes de violência doméstica no Brasil, o dentista Fábio Bibancos criou o projeto Apolônias do Bem.
Há quatro anos, a iniciativa oferece tratamento integral e gratuito, realizado por dentistas voluntários, para mulheres que foram agredidas.
A marca da violência estava na boca dessas mulheres. Depois de passar pelo tratamento elas renascem, afirma Bibancos.
As Apolônias fazem parte de um grupo de mulheres, vítimas da violência. Segundo dados da Fundação Perseu Abramo, a cada dois minutos, cinco mulheres sofrem agressão domiciliar.
E, via de regra, elas são atingidas, principalmente, no rosto, motivo pelo qual perdem os dentes.
Nascido como projeto piloto para atender mulheres que passaram por situação de violência em São Paulo, atualmente a iniciativa se estende para o Rio de Janeiro e Espírito Santo.
A meta é ampliar Apolônias do Bem para todo o território nacional, no intuito de, ao menos, remover as marcas físicas, permitindo que elas voltem a sorrir.
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Quanto custa um sorriso?
Custa o tempo de, num mundo tão ligeiro, que corre tão depressa, no qual tantos são os compromissos e as exigências, pararmos e observarmos.
Olhemos uns para os outros: ao nosso lado, tantos são os que perderam a vontade de sorrir. Será que percebemos?
Nas ruas, nos hospitais, nos asilos, nos centros de recuperação, incontáveis são os que, ansiosos, aguardam um motivo para novamente sorrir.
Eles aguardam uma mão amiga, uma conversa fraterna, um abraço consolador, o apoio de uma amizade ou um sorriso...
O nosso sorriso!
Quanto vale um sorriso?
Não custa nada, mas desperta esperanças. Dura apenas um momento, mas sua lembrança permanece por largo tempo.
Não se pode comprá-lo, mendigá-lo, pedi-lo emprestado ou furtá-lo. E não tem utilidade enquanto não é oferecido.
Assim, se encontrarmos alguém em nosso caminho, por demais cansado para sorrir, ofertemos o nosso, pois ninguém precisa tanto de um sorriso quanto aquele que não mais o possui.
Nosso sorriso será tão precioso a essa pessoa que lhe permitirá sentir o bálsamo da felicidade e da paz, mesmo que por alguns instantes apenas.
Por gratidão, ela retornará um sorriso, mesmo que tímido e fugaz.
O sorriso é o som do silêncio nos momentos em que as palavras não couberem ou não existirem. O sorriso apoia, conforta, nos torna presentes, faz-nos irmãos.
Para nós, caminheiros do progresso e que muito temos a aprender sobre o amor, sorrir é guia seguro na jornada.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com base
em dados da Fundação Perseu Abramo.
Em 21.5.2016.
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