Um filho levou seu pai a um restaurante para desfrutar de um delicioso jantar.
O pai estava bastante velho e, também, um pouco fraco.
Enquanto comiam, um pouco de comida, de vez em quando, caía sobre sua camisa e calças.
Os outros convidados assistiam a cena com certo incômodo, como se, para eles, aquele não fosse o local adequado para estar aquele idoso. Mas, o jovem permaneceu totalmente calmo.
Uma vez que ambos terminaram de comer, o filho, sem demonstrar estar envergonhado, ajudou-o com absoluta confiança e o levou ao banheiro.
Lá limpou os restos de seu rosto enrugado, assim como os alimentos e manchas de suas roupas. Amorosamente, penteou-lhe os cabelos grisalhos e, finalmente, assentou seus óculos...
Ao sair do banheiro, um profundo silêncio reinava no restaurante. Ninguém conseguia entender como poderiam ter passado por aquelas cenas de constrangimento tão naturalmente.
O rapaz estava pronto para pagar a conta mas, antes de sair, um homem, também de idade, surgiu entre os convidados, e perguntou ao rapaz:
Você não acha que deixou alguma coisa aqui?
O jovem respondeu, intrigado: Não, não deixei nada.
Em seguida, o estranho disse: Sim, você deixou algo! Deixou aqui uma lição para cada criança, e de esperança para todos os pais! Muito obrigado.
* * *
Uma das maiores honras é a de cuidar daqueles que cuidaram de nós.
É um mecanismo natural da vida. Os mais fortes amparando os mais fracos e, dependendo da época da existência, estamos numa ou noutra posição.
Nesse caso, há também uma postura de dívida. Não que o amor ame para depois cobrar, mas aquele que foi amado e cuidado, quando devidamente consciente de seus deveres, traz no seu peito esse espírito de retribuição.
Por que relutamos tanto em compreender isso?
Por que abandonamos pessoas quando concluímos que elas não servem mais para o que achamos que deveriam servir?
Por que ainda damos tanto valor ao que o mundo chama de indivíduos economicamente ativos? Como se apenas esses tivessem valor e importância na sociedade.
Como se aqueles que realizam trabalhos não remunerados, que são voluntários em tantas causas nobres, que cuidam da casa, dos netos, tivessem menos valor do que os primeiros.
Uma sociedade que não fornece boas condições de vida para seus velhos, não se pode dizer civilizada.
Pensemos nisso.
Olhemos para os idosos de nossa família com mais ternura, paciência, gratidão e admiração.
Ensinemos quando chegar o momento. Ouçamos quando for a hora. Calemos quando for preciso.
Eles são livros de experiências para serem lidos e meditados. São jornadas de erros e acertos que nos ensinam a caminhar melhor.
São almas no crepúsculo de mais uma existência, almas como eu e você, que desejam continuar participando do viver até o final, aproveitando tudo que Deus lhes permitir.
Redação do Momento Espírita, com base em texto
que circula pela internet, sem menção a autor.
Em 2.3.2016.
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