Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone A regra áurea

Conta-se que um homem encontrou a si mesmo, ainda criança, brincando no quintal.

Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto de sua vida? Ele perguntou.

Quero, respondeu o garoto.

Pense nos outros.

O menino achou o segredo meio sem graça. Mas, homem feito, ponderou:

Só bem mais tarde vim a entender o conselho que tantas vezes na vida deixei de cumprir. Mas que sempre deu certo quando me lembrei de segui-lo, fazendo-me feliz como um menino.

*  *  *

O conselho desse homem remete a ensinamentos repetidos e divulgados nas Escrituras Sagradas e em textos da Antiguidade.

Portanto, muito antes da vinda de Jesus à Terra, algumas civilizações recomendavam a regra áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia.

Os gregos diziam: Não façais ao próximo o que não desejais receber dele.

Os persas afirmavam: Fazei como quereis que se vos faça.

Os chineses declaravam: O que não desejais para vós, não façais a outrem.

Os egípcios recomendavam: Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si.

Os hebreus doutrinavam: O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo.

Os romanos insistiam: A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.

Jesus incorporou a regra áurea aos mandamentos, sintetizando todo o Decálogo em Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento e ao próximo como a ti mesmo.

O Evangelho nos ensina que amar ao próximo como a si mesmo e fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem por nós é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres para com o próximo.

E Jesus, diferentemente de muitos profetas e mensageiros, praticou a regra áurea, dando exemplos de seu significado com Suas ações.

Ele demonstrou que quem ama verdadeiramente está atento às necessidades das pessoas e sempre encontra formas de cooperar com quem necessita.

Exemplificou que quem ama o próximo é tolerante com suas faltas, é paciente, abençoa, perdoa e ajuda.

Pensar nos outros requer afastamento do egoísmo, colocando o próximo em primeiro plano.

Quem ama verdadeiramente deseja aos outros felicidade, saúde, paz, realização, enfim, as mesmas coisas que deseja para si mesmo.

Pensar nos outros é ter a responsabilidade de observar se os próprios atos e escolhas não prejudicam, ofendem ou magoam quem nos cerca.

Nossos gestos e palavras podem impactar negativamente as pessoas.

Por isso, antes de dizermos algo ou agirmos, devemos ponderar se o que estamos prestes a fazer poderá prejudicar alguém.

Ao aplicarmos a regra áurea, naturalmente sintonizaremos com o Mestre e mergulharemos nas luzes e bênçãos da Espiritualidade maior, o que nos proporcionará felicidade, a mesma que o menino sentiu quando seguiu o sábio conselho recebido na infância.

Redação do Momento Espírita, com base no Prólogo, do livro O menino no espelho,
de Fernando Sabino, ed. Record;  no cap. 41, do livro
Caminho, Verdade e Vida,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. FEB e citação do Evangelho de Lucas, cap. 10, versículo 27.
Em 11.2.2016.

 

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