Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone O presente das rosas

Eram três amigos que se encontraram em uma mesma estrada da vida. Cada qual tinha uma característica especial.

O primeiro era ingrato, o segundo, um conformado e o terceiro, um homem generoso.

Foram abordados por um estranho que apareceu, como que num passe de mágica, à sua frente.

Surpreendidos, perguntaram o que ele desejava.

Simplesmente lhes ofertar estas rosas.

E, retirando de seu manto, três lindos buquês de rosas, os ofereceu a cada um dos viajantes.

Percebendo a estranheza que tomou conta dos três, justificou-se:

Distribuo rosas, porque elas são joias de Deus. Deixam a vida mais rica e bela.

Os três amigos se entreolharam surpresos e, depois de se despedirem, cada um seguiu seu caminho, dando finalidade diferente ao presente recebido.

O ingrato, maldizendo a própria vida, jogou as flores num rio próximo.

O conformado, embora entristecido pela singeleza do presente, levou-as para casa e as colocou em um jarro.

O generoso, feliz pela oportunidade que tinha em mãos, decidiu repartir seu presente com os outros.

Foi visto pela cidade, distribuindo rosas, de ponta a ponta. Com um detalhe: quanto mais rosas ofertava, mais crescia o seu buquê em tamanho, beleza e perfume.

Ao final, retornou para casa com uma carruagem repleta de rosas.

No dia seguinte, no mesmo local, os três se reencontraram. De súbito, apareceu o estranho.

O ingrato, quase em cólera, indagou:

O que deseja, agora?

Com bondade, e fazendo um gesto significativo, respondeu:

Que as vossas rosas se transformem em joias.

E desapareceu.

O homem ingrato correu para o lugar onde jogara o buquê de rosas. Viu, refletido sobre as águas, um brilho intenso, próprio de joias valiosas.

Atirou-se ao rio, no intuito de as alcançar, mas elas sumiram aos seus olhos.

O conformado, retornando imediatamente para seu lar, encontrou, pendurado sobre o jarro onde depositara as flores, um lindo e valioso colar de pérolas.

Resignado, sem emoção qualquer, retirou-o dali e o ofertou para sua esposa.

E o homem generoso encontrou em casa uma carruagem repleta de joias, extraordinariamente belas.

Negociou-as, habilmente, e com o capital, tornou-se um comerciante, oferecendo emprego a muitos homens da localidade.

*   *   *

Os talentos que possuímos, quando bem utilizados, são verdadeiras pérolas que Deus nos confiou.

Fazê-las multiplicar e crescer, gerando benefícios, depende unicamente de nós.

O sucesso não vem de graça. Nada aliás, é de graça, nesta vida.

Até para nascer, há o esforço da saída, da qual o nascituro participa. E, para se viver, há todo um esforço de adaptação e aprendizado a ser colocado em ação.

No entanto, os recursos que conduzem ao êxito foram deixados pelo Criador, ao longo do caminho, que se chama vida.

E acessíveis a todos. Estejamos atentos e os aproveitemos em sua integralidade.

Redação do Momento Espírita, com base no texto
 
O presente das rosas, de autoria ignorada.
Em 4.2.2016.

 

Escute o áudio deste texto

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998