Eram três amigos que se encontraram em uma mesma estrada da vida. Cada qual tinha uma característica especial.
O primeiro era ingrato, o segundo, um conformado e o terceiro, um homem generoso.
Foram abordados por um estranho que apareceu, como que num passe de mágica, à sua frente.
Surpreendidos, perguntaram o que ele desejava.
Simplesmente lhes ofertar estas rosas.
E, retirando de seu manto, três lindos buquês de rosas, os ofereceu a cada um dos viajantes.
Percebendo a estranheza que tomou conta dos três, justificou-se:
Distribuo rosas, porque elas são joias de Deus. Deixam a vida mais rica e bela.
Os três amigos se entreolharam surpresos e, depois de se despedirem, cada um seguiu seu caminho, dando finalidade diferente ao presente recebido.
O ingrato, maldizendo a própria vida, jogou as flores num rio próximo.
O conformado, embora entristecido pela singeleza do presente, levou-as para casa e as colocou em um jarro.
O generoso, feliz pela oportunidade que tinha em mãos, decidiu repartir seu presente com os outros.
Foi visto pela cidade, distribuindo rosas, de ponta a ponta. Com um detalhe: quanto mais rosas ofertava, mais crescia o seu buquê em tamanho, beleza e perfume.
Ao final, retornou para casa com uma carruagem repleta de rosas.
No dia seguinte, no mesmo local, os três se reencontraram. De súbito, apareceu o estranho.
O ingrato, quase em cólera, indagou:
O que deseja, agora?
Com bondade, e fazendo um gesto significativo, respondeu:
Que as vossas rosas se transformem em joias.
E desapareceu.
O homem ingrato correu para o lugar onde jogara o buquê de rosas. Viu, refletido sobre as águas, um brilho intenso, próprio de joias valiosas.
Atirou-se ao rio, no intuito de as alcançar, mas elas sumiram aos seus olhos.
O conformado, retornando imediatamente para seu lar, encontrou, pendurado sobre o jarro onde depositara as flores, um lindo e valioso colar de pérolas.
Resignado, sem emoção qualquer, retirou-o dali e o ofertou para sua esposa.
E o homem generoso encontrou em casa uma carruagem repleta de joias, extraordinariamente belas.
Negociou-as, habilmente, e com o capital, tornou-se um comerciante, oferecendo emprego a muitos homens da localidade.
* * *
Os talentos que possuímos, quando bem utilizados, são verdadeiras pérolas que Deus nos confiou.
Fazê-las multiplicar e crescer, gerando benefícios, depende unicamente de nós.
O sucesso não vem de graça. Nada aliás, é de graça, nesta vida.
Até para nascer, há o esforço da saída, da qual o nascituro participa. E, para se viver, há todo um esforço de adaptação e aprendizado a ser colocado em ação.
No entanto, os recursos que conduzem ao êxito foram deixados pelo Criador, ao longo do caminho, que se chama vida.
E acessíveis a todos. Estejamos atentos e os aproveitemos em sua integralidade.
Redação do Momento Espírita, com base no texto
O presente das rosas, de autoria ignorada.
Em 4.2.2016.
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