Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone A paz no mundo virá dos lares

A natureza respirava perfumes suaves, carreados nos braços dos ventos brandos.

Pairavam nas mentes e nos corações ansiedades feitas de alegrias e expectativas.

João, o discípulo amado, acercou-se de Jesus e, com serenidade, interrogou:

Quando dizemos que Deus é nosso Pai Amantíssimo, porque é Criador de todas as coisas, devemos entender que todos somos irmãos, mesmo em relação àqueles que se afastam de nós e nos detestam?

Sem dúvida, João. – Confirmou o Amigo. – Os maus e indiferentes, os perversos e odiosos também são nossos irmãos, pois se fora ao contrário, concordaríamos que existiria outro Genitor Divino.

Pertencemos todos à família universal, ligados, uns aos outros, pela mesma energia que a tudo deu origem.

A fim de que o amor se estabeleça entre as criaturas de conduta e de sentimentos tão difíceis, o Excelso Pai fez o ser humano também cocriador.

Assim contribui com Ele para o crescimento de cada um, através da união conjugal, da qual surge a família consanguínea, que é a precursora da universal.

Graças à união dos indivíduos pelo sangue, surgem as oportunidades da convivência saudável, mediante o exercício da tolerância e da fraternidade.

Tal exercício é treinamento para a compreensão dos comportamentos tão diversos que serão enfrentados nos relacionamentos fora do lar.

*    *   *

Jesus deixa muito clara a importância da instituição familiar no mundo.

Mostrando apenas uma de suas mil nuances abençoadas, o Mestre reforça a dedicação que devemos aplicar no lar.

Somos cocriadores e tal deferência nos deve fazer sentir honrados e felizes.

Não criamos almas, mas contribuímos para a criação dos novos corpos que recebem, diariamente, Espíritos que ainda precisam voltar à carne.

Assim, dos laços de sangue, pela íntima relação que proporcionam, nascem novos amores ou se fortalecem antigos.

Dos laços de sangue nasce a oportunidade do reajuste, do perdão, da aceitação.

Dos laços de sangue surge uma nova história, o renascer da água e do Espírito, a chance de refazer os caminhos.

Dessa forma, precisamos estar atentos à família que nos abraça.

Estão ali, muito claros para nós, os maiores objetivos que nos trazem a mais uma encarnação na Terra.

Estão ali, nas diferenças e afinidades que nos unem, as provas benditas que nos farão melhores hoje do que fomos ontem.

Estão ali, no coração do pai, da mãe, dos irmãos e dos filhos, as sementes da Nova Era de paz que se estabelece gradualmente no globo terrestre.

A paz no mundo virá dos lares. A paz no mundo virá do amor dos pais aos filhos.

Virá da tolerância e do respeito dos filhos em relação a seus pais. Virá da amizade entre os irmãos.

A paz no mundo reinará quando houver amor completo nas famílias.

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 14, do livro
A mensagem do amor imortal, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 26.1.2016.

 

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