Eloim, Yaveh, Jeová, Alá. Força suprema, energia maior, Deus. Não importa como O denominemos, o sentimento de Deus é inerente à criatura humana.
Em todos os povos e culturas não se encontrará um sequer onde a crença em uma força maior inexista.
Houve povos que conceberam Deus como muitos deuses. Confundiram as obras da Criação e seus fenômenos com o próprio Criador, denominando-O por diversos nomes.
Outros tantos humanizaram Deus, transferindo-Lhe nossas paixões e desejos, criando deuses ciumentos, cheios de cobiças, enfim, com todas as falhas humanas.
Há outros que, apesar de crerem em um Deus único, O veem como perseguidor, ou como o Deus vingança, o Deus que fica à espreita, esperando nossos erros para, logo em seguida, imputar Suas pesadas penas.
Alguns, entendendo a mensagem de Jesus, passam a vê-lO como Pai, protetor e soberanamente bom e justo.
Nas mais diferentes culturas, as mais diferentes visões de Deus. Porém, sem exceção, a preocupação do relacionar-se e do louvar a Deus sempre se mostrou presente.
Porém, há que nos perguntarmos: Qual a melhor maneira de louvarmos a Deus? Como devemos louvar a Deus? Devemos mesmo fazê-lo?
O sentimento de louvor a Deus nasce naturalmente na intimidade da criatura, quando percebe a grandiosidade do Criador.
Toda vez que olhamos o milagre da vida se desenvolvendo no ventre materno e nos emocionamos, estamos louvando a Deus.
Se somos capazes de parar o carro, na beira da estrada, somente para admirar um trigal a esparramar-se com as carícias do vento, será esse um louvor a Deus.
O arco-íris que nos faz parar um momento, na correria dos nossos afazeres para admirá-lo, um jardim florido que nos enternece a alma, o cheiro de chuva que nos faz refletir a respeito da sabedoria da natureza, são momentos de louvor ao Criador.
Mas é necessário que nosso louvor se estenda além do momento de enternecimento e admiração. Deve ampliar-se no sentimento de respeito ao Autor da vida e às Suas obras.
Assim, estaremos louvando a Deus quando respeitarmos as obras da Criação, não poluindo rios e mares, não destruindo animais e plantas.
Louvaremos a Deus, olhando nosso próximo como irmão e assim o tratando, trocando o olhar de indiferença, com que muitas vezes cruzamos a multidão, por um olhar de ternura e apreço.
Embora tantos pensem no louvar a Deus como algo etéreo ou místico, algo interno ou metafísico, o louvar a Deus pode estar nas ações mais simples do nosso cotidiano.
Quando nossa mente, mergulhada na grandiosidade do amor de Deus, conseguir percebê-lO nas pequenas ações de cada dia, louvar a Deus será sentimento companheiro de nossas almas.
Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita v. 23, ed. FEP.
Em 22.1.2016.
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