Os amigos se encontraram para um bate-papo e o assunto resvalou para o tema vida e morte.
As opiniões diferiam. Dizia um que viver era respirar, comer, dormir e gozar a vida.
Outro falava que o privilégio da vida se dava tão somente enquanto podíamos fugir da chamada morte, porque então tudo se findava.
Depois de ouvir uma série de palpites onde a vida era tão amesquinhada, Josué resolveu falar:
Pois eu discordo de todos vocês. Dentro do entendimento que tenho, a vida é imortal.
Ela nos é dada por Deus e a devemos utilizar, tanto no corpo físico, quanto fora dele, para evoluir.
Alguém fez uma chacota, dizendo que no cemitério ninguém aprende mais nada.
Aí é que mora o grande engano, disse Josué.
A crença de que somos este corpo material tão somente, é enganosa. Seria muito pouco creditarmos sua criação a um tão excelente Criador.
Somos muito mais que matéria passageira, somos princípios inteligentes. O corpo material vai morrer em dado momento, mas nós somos Espíritos imortais, e continuaremos vivos.
Por isso dizemos que a vida é permanente, e a morte um fato que alcança somente ao que é perecível.
Os amigos se entreolharam pensativos. A conversa assumiu ares mais sérios, levando a reflexões. Alguns, curiosos, se estenderam em perguntas, desejando obter mais detalhes sobre essa maneira de entender a vida.
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Interessante como alguns temores que ainda trazemos em nós, nos levam a pensar na continuidade da vida.
Por exemplo, por que muitos ainda temos pavor do inferno ou esperamos encontrar o céu, depois da vida física?
Por que oramos, nos velórios, nos enterros? Naturalmente, porque cremos que essas preces alcançarão quem se foi, beneficiando-o. E, com certeza, não será o corpo pois esse está morto.
Por que colocamos, nas lápides dos túmulos, mensagens de amor aos que têm ali seus corpos enterrados?
É porque, de alguma forma, cremos, sim, nessa vida que nunca finda e que, portanto, os que se foram, de alguma forma, receberão essas frases de verdadeiro afeto.
Como viajores do tempo e do espaço, algo nos diz que continuaremos a caminhada, depois da tumba.
É verdade: a vida jamais se extingue.
Portanto, morrer não é uma desgraça, é um fato natural, que se liga diretamente ao que é material e perecível.
Morremos para a Terra, nascemos para o mundo espiritual. Registrou o Apóstolo Paulo, em sua Primeira Epístola aos Coríntios: Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.
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Que esperança para quem viu seus amores partirem, o saber que estarão à espera, para o reencontro feliz.
Conhecendo a realidade maravilhosa, eles vibram pelo sucesso do nosso progredir, porque a felicidade, no Além, depende dos valores conquistados.
E bons valores são a prática do amor, da caridade, da abnegação, da dignidade, da consciência tranquila.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com citação
da I Epístola aos Coríntios, capítulo 15,
versículo 44, de Paulo de Tarso.
Em 9.1.2016.
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