Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone O mesmo caminho

Deus é pleno de misericórdia para com Seus filhos.

A todos faculta incontáveis experiências, a fim de que se aperfeiçoem e se enriqueçam dos mais variados dons.

Entretanto, os homens, com frequência, dizem faltar em suas vidas elementos indispensáveis à felicidade.

Um reclama da ausência de uma companheira amorosa e digna.

Outro brada porque enfrenta problemas profissionais.

Há quem se ressinta da falta de saúde.

Um terceiro clama aos céus porque seus filhos são desequilibrados.

Parece haver um descompasso entre a amorosa e rica Providência do Pai celeste e a carência experimentada por Seus filhos.

Contudo, a ordem universal não é feita de regalias e privilégios.

Os recursos são amorosamente distribuídos no intuito do progresso.

Quem os recebe fica na condição de depositário e precisa prestar contas do uso que deles faz.

Talentos não podem ser enterrados, a denotar preguiça de quem os recebe.

Com maior razão, não devem receber uso pervertido.

Todo Espírito é paulatinamente cumulado de dons, para que os utilize com dignidade.

O uso digno sempre implica o progresso próprio e alheio.

Quem se permite atitudes indignas ou levianas arca com as consequências.

Para aprender a valorizar o tesouro desperdiçado, experimenta a sua falta.

Assim, o homem que hoje se ressente da ausência de uma esposa digna não deve se imaginar vítima do acaso.

Talvez ainda ontem ele tenha sido o marido infiel de uma grande mulher.

Provavelmente, a alma enobrecida o perdoou e seguiu em frente.

Mas ele se vinculou a quem foi sua cúmplice no adultério.

Hoje sonha com uma figura digna de mulher, que não está mais presente.

O enfermo crônico lamenta a ausência de saúde.

Contudo, no passado pode ter desperdiçado a ventura de um organismo físico perfeito e vigoroso.

Pôs a perder a saúde em vícios e noitadas e agora tem a oportunidade de perceber o tesouro que é um corpo sadio.

O mau rico de ontem renasce hoje na miséria.

O político corrupto do pretérito experimenta agruras por falta de serviços públicos essenciais, na região pobre em que renasceu.

Não se trata de castigo, mas de justiça e responsabilidade.

Na rota evolutiva, o Espírito trilha várias vezes o mesmo caminho e o encontra conforme o haja deixado.

Ciente disso, cesse de reclamar pelas dificuldades de sua vida.

Lembre-se de que, hoje pode sofrer a ausência de algo importante que teve no passado e não valorizou.

Viva com dignidade o momento presente e trate de merecer o retorno do tesouro que jogou fora.

Cuide muito bem do caminho que agora trilha, para encontrá-lo florido na próxima jornada que empreender.

Redação do Momento Espírita.
Em 4.1.2016.

 

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