As férias são um período de descanso de uma atividade constante, geralmente trabalho ou aulas, variando a duração, de acordo com a legislação de cada país.
A palavra vem do latim feria, singular de feriae, que significava, entre os romanos, o dia em que não se trabalhava por prescrição religiosa.
A palavra latina encontra-se também na denominação dos dias da semana do calendário elaborado pelo Imperador romano Constantino, no século III d.C.: prima feria, secunda feria. A língua portuguesa foi a única a manter a palavra feira nos nomes dos dias da semana.
Importante é que férias são sempre muito aguardadas, seja pelos profissionais, como pelos estudantes ou servidores de qualquer ordem.
Aguardadas, programadas, por vezes, com meses de antecedência.
Estudantes esperam férias para retornarem às suas cidades de origem, ao convívio com a família.
Pais aguardam férias para viajarem com os filhos; profissionais as esperam para terem descanso físico e mental de atividades, por vezes, estafantes, desgastantes.
Por isso é que surpreende a notícia de que funcionários de uma fábrica de cristais, na França, doaram suas férias para um colega de trabalho poder cuidar da filha, que foi diagnosticada com câncer.
Jonathan Dupré estava tendo dificuldades em conciliar seus compromissos profissionais e as idas ao médico, para levar a filha de apenas cinco anos.
Sensibilizados pela situação, seus colegas se reuniram com o dono da fábrica e com o gerente de recursos humanos, para negociar suas próprias férias em favor de Dupré.
Dessa maneira, esse pai poderá folgar por trezentos e cinquenta dias ou seja, um ano. Será o suficiente para ele levar a menina para as sessões de quimioterapia, que acontecem desde dezembro de 2014, quando ela fez a cirurgia para a extração de um tumor de treze centímetros num dos rins.
O gesto se tornou possível porque a França outorgou uma lei que permite que funcionários doem dias de férias a colegas, desde que isso seja aprovado pela diretoria da empresa.
O câncer da menina está em remissão, mas o tratamento ainda tem algumas etapas a serem cumpridas.
O pai se declarou muito emocionado com o gesto de solidariedade. O que se constituía uma grande dificuldade, teve solução, graças à generosidade e desprendimento de seus colegas.
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Exemplos dessa natureza nos levam a questionar: se a lei trabalhista brasileira permitisse, teríamos nós essa mesma disposição de abdicar do gozo de vinte ou trinta dias de férias, em favor de um colega com dificuldade?
Teríamos a capacidade de renunciar a uma viagem de passeio, ao lazer esperado durante um ano inteiro?
De toda forma, gestos como esses merecem ampla divulgação porque demonstram, ao contrário do que apregoam pessimistas de plantão, que o mundo está melhor, que pessoas se importam com o seu semelhante;
Que, de forma desprendida, o homem se doa em favor de outro coração sofrido e angustiado.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com fato extraído
do link http://www.megacurioso.com.br.
Em 28.12.2015.
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