Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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Alguns conseguem vê-lO apenas como a figura histórica, quase mítica, a surgir na Palestina, em meio à subjugação que Roma impunha.

Outros não vão além do que tê-lO como um personagem folclórico, próprio para a Sua época, cheia de profetas e superstições.

Muitos O consideram uma figura mítica, a ser adorada, quando não aprisionada em templos, pouco tendo a contribuir com as nossas tarefas comezinhas.

Poucos conseguem entender em profundidade o significado de Jesus para todos nós.

Espírito puro, nunca antes nem depois dEle, alguém conseguiu cantar as glórias de Deus com tal profundidade e clareza.

Conhecedor de todos nós, desde há muito, ofereceu-nos as lições mais apropriadas para a construção de nossa felicidade e plenitude.

Conjugou o verbo amar nas suas mais variadas expressões, deixando Seu legado para que, ao longo dos séculos, pudéssemos interiorizar Seus ensinamentos.

Sua proposta era de tal maneira desafiadora, que os poderosos e também o populacho, sentiram-se incomodados por Ele, a tal ponto que O preferiram crucificar.

E, ainda hoje, Ele se mostra desafiador.

Quantos de nós temos coragem de viver sua mensagem nos dias que vivemos?

Embora nos afirme que a Terra está destinada aos mansos, insistimos em ser violentos.

Se bem-aventurados são os que têm sede e fome de justiça, preferimos, não raro, fazer justiça com as próprias mãos, em mecanismos de vingança que articulamos aqui e ali.

E embora a Sua promessa de felicidade seja para os pacificadores, ainda somos daqueles a fomentar discórdia e empreender batalhas diárias contra nosso próximo.

Fácil é de se perceber que ainda temos muito pouco do Cristo em nossa intimidade.

Dizemo-nos cristãos, mas pouco dEle e da Sua mensagem expressamos em nosso falar e agir.

Para muitos de nós o Cristo ainda é figura a se viver nos ritos, cultos e aparências externas.

Tal qual faziam os que viviam a Seu tempo, quando buscavam cultuar a Deus.

Ele, porém, nos convida a vivê-lO na essência.

Alerta-nos para não sermos sepulcros, caiados por fora e cheios de podridão por dentro.

*   *   *

Nunca o mundo precisou tanto de Jesus como nos dias de hoje.

Por não seguir Suas lições, trazemos a alma em desalinho, com dificuldades múltiplas.

Vivemos ansiosos, porque não cultivamos a fé como Ele nos ensinou.

Somos violentos, porque não aprendemos a nos pacificarmos com Ele.

Somos egoístas porque não nos dispusemos a amar o próximo e até mesmo o inimigo, como Ele nos convida.

E somos orgulhosos porque dispensamos as lições da humildade que Ele nos exemplificou.

Assim, nestes dias tumultuosos que enfrentamos, busquemos novamente Jesus.

Não mais a figura crucificada, distante, envolta nos ritos e tradições que não nos preenchem a alma.

Busquemos o Bom Pastor, que está sempre pronto a nos amparar, nós, as ovelhas de seu rebanho.

Redação do Momento Espírita.
Em 22.12.2015.

 

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