Quando ele nasceu lhe deram o nome de Eugene. Seu sonho era voar, embora seu pai desejasse que ele se formasse em engenharia. Ele atravessou a infância e a adolescência sonhando com o espaço. Formou-se em engenharia elétrica e se transformou em um piloto dedicado da Marinha americana.
Quando, em abril de 1961, a corrida espacial se intensificou com Yuri Gagarin, o primeiro homem a ir ao espaço, Eugene se apaixonou definitivamente pelas estrelas.
Finalmente, candidatou-se a astronauta, participando do treinamento intensivo e, depois de longa espera, foi escalado para uma missão.
Quando deu seu primeiro passeio no espaço, saindo da Gemini IX, sua primeira expressão foi: Deus do céu. Que paisagem! É mesmo lindo aqui!
O que ele viu, descreveu em entusiasmadas palavras, falando da água azul de ambos os lados da península da baixa Califórnia, no México, e do metal polido de que parecia ser feito o deserto do sudoeste.
Observando tantas maravilhas, ele foi se extasiando e chegou a dizer que era como estar sentado na varanda de Deus.
Em 1969, ele participou da missão Apollo X, que abriu caminho para o pouso da Apollo XI, na lua.
A cento e oitenta e cinco quilômetros de altitude, ele pôde ver a Terra e sua alma assim definiu o espetáculo:
Ao olhar a Terra dali, vi apenas um astro azul e branco à distância. Ao meu redor, as estrelas e a escuridão eterna envolviam tudo. Ninguém em juízo perfeito pode ter essa visão e negar a existência de um ser supremo. Algum poder superior colocou nosso planeta, nosso sol e nossa lua no vazio negro por onde vagam. Tudo é tão perfeito e bonito que sua existência não pode ser um acaso.
Eugene Andrew Cernan foi o décimo primeiro homem a pisar na lua, em dezembro de 1972, a bordo da Apollo XVII, realizando definitivamente o seu sonho. Foi o último a deixá-la, considerando que foi o último a subir no módulo lunar.
Depois disso, os netos apontam a lua e lhe dizem: Vovô, olha lá a sua lua.
Ele lhes fala então que a lua fica muito, muito distante. Que ele esteve lá, sentindo-se mais perto de Deus. Que na poeira lunar escreveu as iniciais do nome de sua filha, sabendo que elas ficariam ali, intocadas por mais tempo do que qualquer um poderia imaginar.
Fala-lhes da grandeza de Deus e da pequenez do planeta azul.
Certo dia, sua netinha de apenas cinco anos, ouvindo a história fantástica do pouso na lua e dos passeios durante três dias em nosso satélite, o olhou profundamente e lhe disse:
Vovô, eu não sabia que você tinha ido até o paraíso. E ele completou: Nem eu mesmo sabia. Mas estive lá.
* * *
Todos os grandes homens conseguem reconhecer a sua pequenez e a grandiosidade de Deus.
Cientistas que descobrem o mundo microscópico ou os que atentam para o Universo, descobrindo novos mundos, outros astros, quanto mais se dedicam à pesquisa, mais têm a capacidade de afirmar que Deus existe.
Em verdade, nenhum homem que olhe o céu repleto de estrelas, que se banhe com os raios da lua em plena noite, pode prosseguir no mundo a dizer que não crê em Deus.
Redação do Momento Espírita, com base em
artigo de Seleções Reader’s Digest,
de maio de 1999.
Em 15.12.2015.
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