Em 2011, o americano Bryan Ware levou os filhos para jantar num restaurante que oferecia giz de cera e papel para as crianças desenharem.
Ao perguntar o que seria feito com as sobras, soube que seriam jogadas no lixo.
Aquela informação o incomodou e ele decidiu fazer algo.
Em dois anos, idealizou e fundou uma ONG que recolhe e recicla gizes de cera e os entrega em hospitais, para que sejam utilizados pelas crianças internadas.
Voluntários recolhem os gizes usados em escolas, restaurantes e residências, separam por cor, derretem e moldam em lápis maiores, de formato triangular, especialmente desenvolvidos para crianças pequenas e as que possuem dificuldades motoras.
Os gizes reciclados são colocados em caixas e distribuídos aos hospitais infantis.
Desde sua fundação, a ONG produziu mais de quinze mil gizes e distribuiu mais de duas mil caixas.
Bryan espera que as crianças internadas, que não conseguem, muitas vezes, verbalizar o que sentem, possam se expressar por meio de desenhos e cores.
No Brasil, em 2014, um grupo de jovens universitários criou a Renovatio, uma ONG que desenvolve projetos para ajudar pessoas de baixa renda.
Um de seus maiores projetos é o ver bem, que confecciona e distribui, gratuitamente, óculos para quem não pode pagar. A ONG contrata moradores de rua e ex-presidiários para produzir os óculos, em parceria com uma ONG alemã, que desenvolveu a tecnologia que barateia o processo de fabricação.
O dinheiro para a produção dos óculos é obtido por meio de doações.
A ONG brasileira distribuiu mais de mil e quatrocentos óculos, além de melhorar a vida das pessoas que trabalham na linha de produção, ofertando-lhes salário, cursos de qualificação e educação.
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Muitas iniciativas simples, ao redor do mundo, contribuem para ajudar pessoas necessitadas.
Nem sempre ficam conhecidas. Mas os efeitos de suas ações se fazem sentir naqueles que recebem a ajuda e se multiplicam entre aqueles que os rodeiam.
Muitos dos beneficiados, depois que conseguem se estabilizar, tornam-se, também, voluntários e passam a colaborar para estender o bem a outras pessoas que necessitam.
Dessa forma, cria-se uma corrente de pequenos gestos que cresce e se transforma em grandes ações coletivas. Nem sempre chegam aos noticiários, mas se espalham, inspiram, trazem alento e revertem em alegria.
Os responsáveis por essas iniciativas não visam lucro, nem fama, muito menos enriquecimento. Preocupam-se em ajudar, minimizar as diferenças.
Afastando-se de pensamentos egoístas, visam o bem coletivo e se alegram com os resultados humanizadores que tais ações proporcionam.
São pessoas que inspiram, agregam e mobilizam outras a colaborar para a construção de um mundo melhor.
Demonstram que para fazer o bem pode-se começar com um pequeno gesto e uma boa ideia que contagie as pessoas, agrupando-as em torno da vontade de ajudar.
Dessa forma, mostram que qualquer um pode contribuir para fazer a diferença no mundo.
Redação do Momento Espírita, com base em
notícia do site de 6 de setembro de 2015 e do
site http://www.renovatio.org.br/
Em 8.12.2015.
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