Certas histórias de vida nos deixam admirados pela renúncia e resignação de seus protagonistas.
Conhecemos, por exemplo, os sacrifícios de Madre Tereza de Calcutá, sua dedicação e amor aos pobres;
os momentos incomuns de solidariedade, vivenciados por Chico Xavier, junto aos seus atendidos;
o esquecimento das próprias dificuldades físicas de Irmã Dulce, em prol dos demais sofredores;
o relegar total de seus interesses particulares, em favor do ideal abraçado, de Allan Kardec e tantas outras grandes almas, algumas anônimas, que se entregam, totalmente, à prática do bem aos demais.
Cientistas que vivem em função de suas pesquisas, para libertar a Humanidade de determinadas enfermidades; pais, que se sacrificam em todos os sentidos, para dar chance de vida, a um filho especial...
Então, nos perguntamos: Que força é essa, que permite o esquecimento de si mesmo, para se doar dessa forma total?
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Ao nos questionarmos e buscarmos um motivo plausível, analisando essas almas, notamos que, de fato, elas têm algo a mais, que as fortalece e enobrece: o verdadeiro amor;
a ligação espiritual com Deus, o Pai todo justiça e bondade;
a presença do Cristo, moldada em suas atitudes.
E, refletindo, constatamos que todos nós possuímos, em estado ainda latente, os esplendores que, em grau supremo, a Divindade criadora possui.
Cumprindo a lei de amor, de justiça e caridade, e nos esforçando pelo próprio progresso, refletimos Deus, o Ser incomparável que nos deu a vida.
A alma, que já conseguiu conjugar vibrações com o Criador, compreende o amor universal e sabe amar!
E, quem ama, harmoniza seus sentimentos com o Amor Divino; entrega-se ao trabalho em favor do próximo, e não se perturba com o próprio sofrimento.
Isso porque o amor é fonte de alegria, sendo a plenitude da felicidade.
Quem faz do amor seu propósito de vida não registra estado inferior, pois sua sintonia é sempre superior.
A alma, quando atinge a glorificação da sintonia com o Criador, expande-se em abnegação pela Humanidade.
Da mesma forma, é do feitio da alma nobre, encarnada na Terra, dedicar-se, totalmente, ao ideal construído no coração.
Ela o faz sorridente e espontânea, vivenciando alegrias, pelo bem que pratica.
Sente-se feliz pelos sacrifícios a que se entrega, sem padecer pelas dores próprias da Terra.
Vive mais a realidade espiritual do que a material, isolando-se das mazelas terrenas, mesmo que presentes.
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Querendo, podemos seguir o exemplo dessas almas de escol.
Lembrando-nos que somos Espíritos imortais e que nossa sina indiscutível é o progresso intelectomoral, o Espírito de Verdade nos conclamou a nos amarmos e a nos instruirmos.
As ciências nos abrem caminhos ao aprendizado abrangente.
O estudo da realidade espiritual nos permite enxergar a vida mais além.
Somos filhos do amor maior, trazemos esse amor em nós, e basta que o adubemos, para que germine, cresça e floresça.
Vontade, estudo e disposição, fazem crescer o amor no coração...
Redação do Momento Espírita.
Em 12.12.2015.
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