Quando um Espírito decide por retornar ao cenário terrestre, um planejamento se faz. Seu anjo de guarda e aqueles interessados em seu progresso, em sua felicidade, o assessoram, nessa tarefa.
Alguns preparam programas muito bem elaborados, caso venham à Terra para grandes missões, questões que objetivem o bem maior, revoluções do pensamento, das artes, da ciência.
Outros vêm com planos mais gerais. Mas, ninguém simplesmente nasce como obra do acaso, ou de simples descuido, conforme costumamos afirmar, algumas vezes.
Nesse planejamento se encontra, primordialmente, a escolha dos pais. Quem o receberá, no planeta terrestre, quem o aninhará em seu seio, alimentando-o, até o momento de renascer no cenário do mundo.
Quem lhe será o protetor dos primeiros dias, da infância, quem o guiará, com mão forte, através dos anos, até poder andar por si mesmo e crescer, no rumo da luz.
Que doce encantamento não deve envolver quem assim se prepara. É uma nova chance de progresso, de vida no abençoado planeta azul, nosso lar de tantas e tantas vidas reprisadas, revividas.
Então, nasce o pequenino e se entrega confiante, esperando que a mãe que o acolheu em sua intimidade, por meses, o amamente, com amor.
E quando o faça, tenha olhos para ele, dizendo-lhe sem palavras: Querido filho, eu te amo! Sorve de minha seiva.
Ele aguarda que ela lhe seja o esteio. Enquanto se alimenta, ouve o coração daquela que o gestou e nela confia.
Confia que ela o proteja, lhe providencie o agasalho, o conforto. Que ela o leve nos braços como quem carrega um tesouro frágil, uma joia de subido valor, um cristal valioso.
Ele confia que o pai o receba em seus braços, lhe acompanhe o desenvolvimento, dia a dia. Que lhe ampare os primeiros passos, que o conduza pela mão, pelos caminhos do mundo. Ele espera, ele confia.
Por sua vez, a Divindade, igualmente confia que Seus filhos, a quem elegeu pai e mãe, exercerão o seu papel junto ao ser que envia, indefeso e pequeno, aos seus cuidados.
Cuidados que vão além das questões materiais do alimento, agasalho, abrigo. Questões que têm a ver com o sentimento, com o desabrochar de emoções de gerar uma outra vida, de passar suas experiências nobres ao ser que chega.
Questões que falam de amor demonstrado em pequenos gestos, em um olhar, um abraço, um aperto de mão.
Tudo isso que se expressará em acompanhamento do filho, incentivando-o a enfrentar os desafios de ficar em pé, andar, correr, dominar o próprio corpo.
Acompanhamento que observará cada conquista e a elogiará, dizendo-lhe que ele pode um tanto mais. E mais.
Acompanhamento que lhe dirá do certo e do errado, nos rumos da educação, que o brindará com exemplos de honestidade, dignidade, trabalho, possibilitando-lhe se tornar cidadão honrado, onde quer que venha a atuar, no mundo.
Sim, esse Espírito confia em você, pai, mãe.
Deus confia em cada um de nós, a quem estabelece a missão da paternidade e da maternidade.
Estejamos atentos. Tenhamos os olhos postos nessa preciosidade com que a Divindade nos honrou o lar: nosso filho.
Não o percamos de vista, mesmo à distância. Ofertemos-lhe nosso amor, nossa ternura, auxiliemo-lo a vencer os obstáculos, tenhamos a alegria de vê-lo prosperar, crescer material e espiritualmente.
É nosso filho! Confia em nós.
Redação do Momento Espírita.
Em 2.12.2015.
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