Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Deus sempre está atento

Mariana era jovem. Desempregada, sem a companhia do marido, que a abandonara há meses, se via em situação muito difícil.

Amargurada, angustiada, levando um pequenino desnutrido junto a si, caminhava sem rumo.

Batia de porta em porta, a buscar um trabalho qualquer, que lhe permitisse, ao menos, alimentar o menino.

Tivera que deixar o barraco onde vivera, e necessitava encontrar ainda, algum abrigo possível.

As pessoas que abordava, pedindo trabalho ou ajuda, respondiam-lhe com indiferença, palavras rudes, desdém...

Com as lágrimas a descer pelas faces, apertou o menino faminto nos braços e, em sua intimidade, gritou:

Só quero um trabalho, meu Deus. Será pedir demais?

Continuando em sua caminhada inglória, passou em frente a um templo, com as portas abertas. Quem sabe, pensou, seria a resposta de Deus. Entrou esperançosa.

Tudo silencioso. Sentou-se em um dos bancos para fazer uma oração.

Ela ora, o filho chora de fome.

Atraído pelo choro, alguém aparece pela porta dos fundos.

Um homem idoso, de olhar compassivo, de andar lento, se aproxima.

Seja bem-vinda a esta casa de oração, minha filha.

Mariana se levanta em lágrimas, e pede-lhe algum alimento para o filho, que nada comera desde a véspera.

O bom homem conduz mãe e filho para dentro, serve-lhes sopa e ouve o drama da jovem.

Enquanto ambos se alimentam, o senhor sai por alguns minutos. Ao retornar, está sorrindo.

Filha, o Senhor teve piedade de sua situação. Verifiquei e estamos precisando de serviçal para os serviços gerais de limpeza e manutenção desta casa.

Se desejar, poderá trabalhar e lhe conseguiremos moradia.

Há gratidão e emoção nas lágrimas de Mariana. Suas preces haviam sido atendidas e sua vida passaria a ter um novo significado.

*   *   *

Jesus nos ensinou: Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá.

Qual o homem, dentre vós que dá uma pedra ao filho que pede pão?

Deus nunca nos desampara. Embora, por vezes, a realidade atual do mundo nos assuste, não podemos nos deixar contaminar pelo desânimo.

Hoje, como ontem, Deus permanece atento. Embora nos pareça, por vezes, ante os tantos reveses que nos abraçam, que Ele não se importa conosco, Sua Providência é constante.

A oração que lhe dirigimos, em súplica, pelas necessidades mais prementes, se torna o canal que nos permite melhor haurir as bênçãos. Melhor captar o auxílio que Ele nos envia.

Dessa forma, atentemos à exortação do Mestre Galileu: entreguemo-nos ao Pai em oração para percebermos Seu amor, que se estende a todas as criaturas.

E, não deixemos de realizar a nossa parte. Oração, sim. Mas, igualmente, esforço, trabalho, não nos permitindo desânimo nem desespero.

Busquemos ajuda e a encontraremos. Batamos à porta dos corações e Deus providenciará a abertura afetuosa e protetora.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com citação
do
Evangelho de Mateus, cap.7, vers. 7 a 11.
Em 24.10.2015.

 

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