Todos nos defrontamos, diariamente, com uma série de deveres sociais.
São ações que nos cabem executar, por força das circunstâncias.
Algumas nos surgem devido à posição que ocupamos na sociedade.
Outras nascem pela característica ou natureza da atividade profissional.
E outras mais acabam nos sendo impostas por força de leis e regras da sociedade em que vivemos.
Assim, todo funcionário que honra a empresa que lhe oportuniza um trabalho honesto, realizando-o bem, faz apenas seu dever.
Se ela lhe confia o cargo e paga seu salário, cabe a ele fazer a sua parte. É seu dever.
Porém, todo aquele que trabalha com prazer, alegria, disponibilidade e atenção, faz um pouco a mais.
Nas relações cotidianas, ser educado é apenas obrigação do trato social.
Cumprimentar o vizinho ou o porteiro do prédio, dar bom dia ao encarregado da limpeza ou jardineiro, é apenas educação.
Entretanto, aquele que busca temperar tal saudação com um sorriso amável, ou ajuntar a ela um como está?, oferecendo ao interlocutor um breve tempo para responder à pergunta, esse faz um pouco a mais.
No trato com os subordinados se espera respeito, tratamento digno e condições de trabalho adequadas. Isso está previsto nas normas trabalhistas.
Contudo, o empregador que não se limita a isso, mas se preocupa com o bem-estar dos seus funcionários, compreende circunstâncias difíceis, flexibilizando jornadas, contornando limitações momentâneas, realiza um pouco a mais.
Não deixar ao abandono os idosos, amparando-os em suas necessidades quando as limitações físicas lhes chegam, é obrigação prevista em estatuto próprio.
Mas se, ao fazer isso, se somar paciência, amorosidade e ternura, será o algo a mais.
Isso quer dizer que algumas ações não estão expressas em códigos ou regras, nem estão previstas em estatutos ou sofrem coerção de lei.
São atitudes que extrapolam a obrigação, o dever, e que por isso mesmo, fazem a grande diferença.
A gentileza, a compreensão não estão estabelecidas no espaço dos deveres que nos competem nessa ou naquela situação.
Essas virtudes e tantas outras, com que podemos temperar nossas ações, extrapolam o campo da obrigação.
Esse pouco a mais que oferecemos é o que podemos chamar de generosidade.
É verdade que muitos ainda se debatem para cumprir apenas aquilo que deveria ser seu dever.
Porém, se temos plena consciência de nossos deveres e obrigações, subamos um pouco e nos entreguemos à generosidade.
Quando Jesus nos convoca a andar dois mil passos, quando alguém nos pedir para andar mil; quando nos exorta a oferecer a capa se alguém nos tirar a túnica, a grande lição que nos oferece é a da generosidade.
* * *
Pensemos nisso e comecemos a ofertar ao mundo a nossa generosidade. Comecemos hoje, no exato momento em que despertarmos e encontrarmos os familiares.
Seja generoso nosso bom dia, seja generoso nosso sorrir, seja generosa e expressiva nossa gratidão por tudo que eles representam em nossa vida.
Redação do Momento Espírita.
Em 2.10.2015.
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