Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Um dia

Um dia, Colombo resolveu empreender a grande viagem, rumo ao mundo novo e descobriu o caminho para a América.

Um dia, a jovem polonesa Maria Sklodowska decidiu buscar a Cidade Luz para iluminar o próprio intelecto.

Adentrou a Universidade da Sorbonne e, entusiasmada pela pesquisa, descobriu o radium, que salva vidas todos os dias.

Um dia, Francisco Bernardone saiu do lar paterno, abandonou a si mesmo e dedicou sua vida a iluminar outras vidas.

Um dia, Madalena, a mulher atormentada por Espíritos infelizes, conheceu Jesus.

Ofereceu-se à virtude e inscreveu seu nome na História, figurando como daquelas almas inesquecíveis.

Um dia, a caminho de Damasco, o rabino Saulo teve um encontro com o Nazareno e mudou sua forma de ver o mundo.

Serviu a Jesus até a morte, entregando-se em holocausto por amor à verdade que distribuiu aos povos.

Um dia, Levi deixou a coletoria onde servia a César, e foi servir ao Mestre de Nazaré.

Deixou de anotar mercadorias, dracmas e bens ilusórios, para registrar para a posteridade os ditos e os feitos do Senhor.

Legou ao mundo o Evangelho segundo Mateus, que inicia com a genealogia de Jesus e conclui com a gloriosa ressurreição.

No dia de Pentecostes, os Apóstolos iniciaram o seu ministério e derramaram pela Terra as bênçãos das claridades do reino de Deus.

Judas era um discípulo fiel a Jesus. Mas, um dia, acreditou mais no poder frágil da Terra do que na administração do céu, e perdeu a si mesmo.

Tudo no Universo começa um dia. Tudo, no mundo dos homens, começa um dia.

Os grandes impérios, as extensas jornadas, as gigantescas construções.

O bem e o mal, a felicidade e o infortúnio, a alegria e a dor guardam o exato momento de início.

Quando plantamos, sabemos que um dia surgirá a produção. Num dia se semeia, em outro se colhe.

Se entregamos o dia para a erva ingrata, ela se alastrará, sufocando o horto.

Se abandonamos os minutos aos vermes daninhos, eles se multiplicarão, impedindo a colheita.

Das resoluções de uma hora, podem sobrevir acontecimentos para mil anos.

Do gesto impensado de um momento, podem advir consequências danosas para muitos anos.

Da correta decisão de um instante, pode se delinear o panorama de alegrias para logo mais.

Tudo depende da nossa atitude na intimidade do tempo.

O amanhã será sempre aquilo que hoje projetamos. Alcançaremos o que procuramos.

Seremos o que desejamos.

Acordemos para a realidade do momento e amontoemos bênçãos, prestando serviços em nossas horas.

Um dia chegará em que necessitaremos dos braços amigos que hoje conquistamos, dos afetos que hoje aninhamos, dos bens que hoje produzimos.

*   *   *

O tempo é o rio da vida, cujas águas nos devolvem o que lhe atiramos.

Enquanto dispomos das horas, realizemos a boa semeadura.

Se acreditamos no bem e a ele atendemos, cedo atingiremos a messe da felicidade.

Contudo, se desrespeitamos o tempo, desacreditando o valor do dia, em algum momento, agora, ou mais tarde, faremos a colheita amarga das horas vazias e dos momentos ociosos.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Um dia, pelo Espírito Isabel de Castro, do livro
 
Falando à Terra, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 12.8.2015.

 

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