Neste mundo, nascemos da união de um homem e de uma mulher. Pressupomos que Deus planejou devêssemos fazer parte de uma família.
Na atualidade, temos inúmeros moldes de família. Daí aprendermos que, onde convivam pessoas, formando um grupo afim, temos uma família.
Nos estudos sociais, a família é tida como um grupo enraizado na sociedade, o que lhe delega responsabilidades sociais.
A Constituição Federal de 1988 apresenta a família como base da sociedade, e coloca como dever dela, da Sociedade e do Estado amparar as pessoas idosas assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, garantindo-lhes o direito à vida.
Nas últimas décadas, a população idosa vem crescendo muito, em nosso país.
Face a esta constatação, e percebendo a presença cada vez mais frequente dos idosos em nossas vidas, cabe nos perguntarmos como tem sido nossa postura diante deles.
Quantas vezes, vemos, mas não identificamos no seu andar vagaroso, na sua voz baixa, em suas mãos trêmulas, um pedido para serem aceitos, amados e atendidos.
Não notamos que a família talvez seja tudo o que eles ainda têm, e isso guarda um significado máximo para eles.
Mudar a sociedade é muito difícil, mas podemos mudar a nossa forma de tratar os idosos da nossa família ou parentela.
Aprendemos que o homem tem o direito de repousar na velhice, quando lhe faltam a força, a saúde e a disposição.
O mandamento Divino: “Honrar a vosso pai e a vossa mãe” é um corolário da lei geral de caridade e de amor ao próximo, visto que não pode amar o seu próximo aquele que não ama seu pai e a sua mãe.
Honrar a seu pai e a sua mãe, não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade; é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados como eles fizeram conosco, na infância.
Quantas vezes no decorrer de nossas vidas, especialmente quando pequenos, nossos pais e avós, nos socorreram, nos sustentaram?
Em certa etapa da existência, os papéis invertem: eles precisam de nossos socorros, carinhos, sustento.
O que de melhor podemos fazer é ensinarmos nossas crianças e jovens, através de bons exemplos, a respeitarem e valorizarem os idosos, dentro e fora do lar.
Pequenos gestos de gentileza, no dia a dia, compreendendo os lapsos de memória, ouvindo com paciência suas histórias repetidas, mantendo a calma diante do raciocínio lento, são tesouros de amor que lhes doamos.
Visitas aos lares de idosos; alegrar suas vidas com um mimo de uso pessoal; um cântico entoado; uma música executada; um verso declamado, tudo é manifestação de carinho.
Assim, desde cedo, nossos pequenos aprenderão a conviver, respeitar e compreender aqueles que se encontram há muito tempo na caminhada da vida.
Não podemos mudar a sociedade, mas podemos espalhar: sementes de luz, na treva da solidão; de carinho, que anda escasso; de atenção, que permanece ausente; de amor, que florescerá!
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita, com pensamentos do item 3,
do cap. XIV, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo, de
Allan Kardec, ed. FEB.
Em 1.8.2015.
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