O que nos impede a felicidade?
Muitos diriam que é a falta de dinheiro. Outros apontariam a família não muito ajustada. Alguns mencionariam as limitações ou doenças do corpo.
Haverá, contudo, aqueles que, embora menos favorecidos financeiramente, demonstram alegria.
Também pessoas imersas em grandes problemas e conflitos familiares, gozando de paz.
E, não raro, nos depararemos com aqueles envolvidos em processos de dolorosas enfermidades, conservando a serenidade no olhar, própria dos que se sentem tranquilos.
A felicidade é conquista íntima, não dependendo de fatores externos.
Não será, portanto, a conta bancária que nos fará felizes ou infelizes.
Da mesma forma, as limitações na saúde e no corpo físico não serão sinônimos de infelicidade.
A construção da felicidade será sempre processo interno, fruto dos valores que cultivamos n’alma, e que se reflete em bem-estar e alegria.
Haverá, sim, valores gerando atitudes de forma contrária, criando obstáculos a esses estados.
O esforço para nos livrarmos dessas pequenas âncoras, desses empecilhos que ainda trazemos arraigados n’alma será a solução a ser buscada.
Quanto de nossa infelicidade nasce do medo?
Sentimo-nos paralisados, consumimos valiosos recursos de nossa energia quando nos deixamos tomar pelo medo das perdas, seja do emprego, da saúde, dos afetos, ou de possível traição.
Por vezes, deixamos o medo nos conduzir, nos guiar, impedindo-nos ações relevantes e oportunas para nosso feliz viver.
Porém, já nos permitimos reflexionar em torno desses medos? Já buscamos racionalizá-los sob a ótica da bondade e justiça de Deus?
O exercício da análise lúcida e clara dos nossos medos será o mecanismo de sua desestruturação. A partir daí, eles tendem a desaparecer, qual bruma ao nascer do sol.
Logo, cedem espaço à tranquilidade, proporcionadora de paz.
Outra âncora da nossa infelicidade é a violência que carregamos.
Onde quer que estejamos, seja na intimidade familiar, no ambiente de trabalho, ou na sociedade, nossa violência provocará em nós mesmos terríveis consequências.
Porque nos permitimos ser violentos, abrimos mão de vivenciar amenos estados d’alma.
Isso porque a harmonia interior, as aspirações mais elevadas, que permitem identificar a beleza em tudo, não conseguem se instalar em nós.
Como essas emoções são incompatíveis, ao optarmos por dar guarida a uma, abrimos mão do bem-estar da outra.
E ficamos à mercê de estados doentios e depressivos.
Ao percebermos essas âncoras, que dificultam a construção de nossa felicidade, busquemos nova postura íntima.
Lembremo-nos de Jesus, o maior psicoterapeuta jamais visto.
Nos temores, Ele nos lembra da Providência Divina. Na dúvida, nos concita à fé, nos estados exaltados d’alma, chama-nos à reflexão e à paz.
E será Ele, sempre e incomparavelmente, a melhor referência de conduta em prol de nossa felicidade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Impedimentos à iluminação,
do livro Impermanência e Imortalidade, pelo Espírito Carlos Torres Pastorino,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. FEB.
Em 20.6.2015.
Escute o áudio deste texto