A liberdade de expressão é conquista recente na história da Humanidade.
Não vão longe os tempos onde expressar o pensamento podia ter como consequência a condenação à morte.
Déspotas, tiranos, assim como religiões, doutrinas, oprimiram e cercearam a livre expressão do pensamento.
Hoje ainda insistem alguns a fomentar seus rincões de intolerância e de proibições.
Porém, cada vez mais ganham espaço as conquistas da liberdade de refletir e de expor as ideias.
Quando esse direito é respeitado por todos, temos a possibilidade de sermos coerentes entre pensar e falar, dando ao outro, da mesma forma, tal direito.
Cabe a cada um de nós entender que pensamos de maneira diferente porque temos valores, conceitos e visão de mundo muito próprios.
E, na medida que respeitamos o próximo, podemos rogar para nós esse mesmo respeito.
Nesses termos, cabe-nos perguntar: Qual seria a melhor religião para alguém?
Certamente, a resposta não é única.
Na diversidade de pensar e agir em que mergulha a Humanidade, poderíamos eleger uma religião como a melhor?
Certamente, se nos fosse imposta uma religião com a qual não concordamos, que não aceitamos, não nos iríamos sentir confortáveis.
Isso acontece com qualquer pessoa para a qual insistirmos em impor nossa crença.
A melhor religião deve ser aquela que não nos torna hipócritas, que nos transforma em pessoas de bem, corretas, seres humanos melhores.
Portanto, a respeito desse assunto cabe a cada um optar, a mais ninguém.
Será somente nesse entendimento entre a criatura e Deus que se poderá escolher a melhor forma de chegar até Ele.
Toda doutrina ou religião que conduza o homem ao bem, deve ser digna de respeito.
Isso porque, quando se trata das coisas de Deus, o importante não é o caminho que tomamos, mas sim, a direção para a qual caminhamos.
E são muitos os entendimentos e as expressões que nos conduzem ao Pai.
Nesses termos, infrutífera, quando não desrespeitosa, qualquer imposição de crença a outrem.
Para alguns, Deus está na natureza. Para outros, a convivência está dentro do Seu templo. E tantos O cultivam na intimidade do coração.
Uns O têm como Pai amoroso. Outros, talvez O percebam mais como um Pai severo.
São estágios evolutivos.
Alguns se atêm fervorosos às suas crenças religiosas. Outros preferem viver a seu modo a sua relação com Deus.
Para o Criador do Universo, o importante não é o que sai da boca, dos gestos, ou onde isso é feito.
Para o Pai Maior, o grande significado está naquilo que se passa no coração.
Dessa forma, há que respeitar-se toda e qualquer crença, quando nos conduz e nos faz bem.
Afinal, Deus, acima disso tudo, entende que nós, Seus filhos, ainda estamos tateando, dando os primeiros passos, na busca de entender a Sua grandiosidade e bondade.
Redação do Momento Espírita.
Em 6.6.2015.
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