Ela se tornara mãe muito jovem e as dificuldades para encaminhar aquela alma, que Deus lhe confiara, se fizeram difíceis.
A presença do pai não acrescentava muito a respeito de educação, pois suas preocupações se prendiam ao aqui e agora dos negócios materiais.
Ele não participava das atividades da filha porque o trabalho profissional o envolvia de forma demasiada.
A mãe tinha seu coração cativo dos ensinamentos do Evangelho de Jesus, sabia da sua responsabilidade e, segundo eles, procurava pautar sua vida.
A filha era portadora de tendências que precisavam ser direcionadas para o bem e para a luz.
Desde pequenina, se mostrava refratária aos pedidos da mãe e fazia manhas infindáveis quando repreendida.
A genitora dedicou-se com carinho, pedindo a Deus a ajudasse no intento de bem educar.
O tempo passou, a menina fez-se mulher, culta e educada.
Tornou-se prestativa no lar, estudiosa, companheira.
Certo dia dedicado às mães, ela presenteou a sua com algo especial. Era uma carta, que dizia:
Mãezinha: procurei algo com que a pudesse presentear. Gostaria de lhe dar toda a riqueza do mundo, mas seria pouco.
Então, decidi dar-lhe um motivo de se sentir feliz como você merece.
Mãe, embora, às vezes, me sinta preocupada com algo de ruim que me aconteça, não consigo me sentir infeliz, porque logo me lembro de você.
Você é a luz da minha vida, a pessoa mais maravilhosa que encontrei no meu caminho.
Você me fez acreditar que existe Deus, e que as pessoas são mais importantes do que as coisas.
Sinto meu coração transformado, e a responsável por isso é você, que me ensinou o amor, a caridade e a humildade.
Em cada ocorrência da minha vida, vejo você presente, direcionando meu ser.
Não sei como agradecer. Mas desejo que tenha em seu coração uma certeza: você cumpriu sua tarefa comigo. Agradeço por me ter ajudado em minha caminhada.
Amo você cada dia mais...
* * *
Uma grande emoção envolveu aquela mãe.
Como conter as lágrimas? Que sentimento era aquele que invadia o seu ser?
Que felicidade aquela que a tomava por inteiro?
* * *
Ser mãe na Terra é ser cocriadora com Deus. É ser parceira do divino Pai, ajudando vir ao mundo um filho Seu para progredir.
Ser mãe é abraçar uma missão de valor inestimável, com o compromisso de fazer valer a pena aquela oportunidade sagrada.
Ser mãe é dar sua vida em dedicação a outras vidas, para vê-las crescer e brilhar...
Ser mãe é ser fonte de amor, de orientações, de elevadas emoções.
É ser orientadora, educadora, mestra das lições pelo exemplo e dedicação.
* * *
Quando todas as mães perceberem o real valor da maternidade poderão transformar o mundo.
Todos os homens nascem de uma mulher que tem em suas mãos os seus destinos. É ela que lhes direciona os passos e lhes oferece as primeiras noções da vida.
Cada um, no entanto, revela ao mundo o que assimilou da educação que recebeu, o sentimento que vivenciou, o que lhe ficou gravado no coração.
Contudo, nunca se perdem as lições da infância porque o lar é a primeira e grande escola.
Redação do Momento Espírita.
Em 26.5.2015.
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