Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Perante o mal

A Lei de Talião representou um progresso nos costumes da Humanidade.

Em decorrência dela, a vingança passou a ter limites.

Antes, por conta de uma ofensa, considerava-se justo dizimar toda a família do ofensor.

Depois, passou a ser olho por olho e dente por dente.

Ou seja, o mal que se retribuía não podia ser maior do que o recebido.

Jesus Cristo veio trazer a contribuição definitiva nessa seara.

Assentou que não se deveria resistir ao mal.

Que se alguém batesse na face direita, era preciso oferecer também a esquerda.

Que se alguém tomasse a vestimenta, convinha deixar também a capa.

Que se alguém obrigasse a andar uma milha, era para andar com ele duas.

São palavras fortes e plenas de simbolismo.

Por certo não significam se deva permitir que a agressividade e a violência tomem conta da Terra.

Não constituem autorização ou incentivo a que os fracos se transformem em besta de carga dos fortes.

Seu significado profundo parece ser o de que apenas o amor é eficiente no enfrentamento com o mal e os maus.

O revide, o ressentimento e o desejo de vingança apenas prolongam os desequilíbrios humanos.

Sob a égide do Cristo, deve instalar-se uma nova ordem de paz e generosidade.

O discípulo de Jesus é pacífico e pacificador.

Ele é manso, compreensivo, ordeiro e confiante na Justiça Divina.

Perante uma ofensa, em geral três condutas são possíveis: revidar, fugir ou oferecer a outra face.

O revide implica a continuação da luta e do desequilíbrio.

A fuga transfere o clima de ódio para solução futura e denota fraqueza moral, que estimula o violento.

A última alternativa é, sem dúvida, a mais difícil.

Perante a ofensa, oferecer a face contrária, a do perdão.

Esse ato de grandeza, consistente na imediata compreensão do desequilíbrio que há em qualquer ato mau, desestabiliza o agressor.

De repente, ele se vê lamentável como é, perante a serenidade do ofendido.

A violência tende a morrer asfixiada no algodão da paz que envolve quem ama.

É impossível vencer alguém com grandeza moral.

Em face dele, toda vitória é aparente e com sabor de cinzas.

Alguém em paz e pronto a desapegar-se da manta e da capa.

Que tem paciência e caminha mais do que o solicitado ao lado de quem lhe impõe o esforço.

Certamente não é fácil adotar esse gênero de conduta.

Entretanto, Jesus não apenas ensinou, como exemplificou.

Soube doar-Se em holocausto e Sua proposta vitoriosa segue transformando lentamente a Humanidade.

E é dEle o convite que ressoa através dos séculos:

Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me!

 

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 13,
do livro
A mensagem do amor imortal, pelo Espírito
Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo Pereira Franco,
ed. LEAL.
Em 25.5.2015.

 

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