É interessante como, muitas vezes, nos comportamos de maneira incoerente, antagônica mesmo.
Reclamamos da desonestidade de nossos políticos, nos exaltando nos comentários e na indignação.
Com razão, citamos essa ou aquela outra ação mal executada, os descalabros na condução do dinheiro público, a má conduta desse ou daquele gestor.
Porém, alguns de nós burlamos a declaração do imposto de renda com a justificativa de que nosso dinheiro é mal empregado.
E, em ocasiões específicas, fazemos tentativas de subornar a autoridade policial, no argumento de que não merecemos a penalidade que nos será infligida.
Existem outros de nós que adulteramos o produto que estamos vendendo, alegando para nossa consciência que qualquer um, em nosso lugar, faria o mesmo.
Ficamos indignados quando um motorista alcoolizado ceifa vidas, de maneira leviana e inconsequente, quando ao volante.
Porém, é de nos questionarmos se, por vezes, aos nos depararmos com um posto de controle policial na rua, alertamos aos demais motoristas para que evitem tal controle.
Clamamos por justiça, de maneira veemente, quando vemos alguém, inconsequente, provocar um acidente por estar dirigindo em alta velocidade ou em estado de embriaguez.
Contudo, com igual ímpeto, reclamamos dos radares que controlam velocidades e das câmeras que nos flagram nos delitos de trânsito.
É necessário que repensemos quais os pesos e medidas que desejamos para nossa sociedade porque será a partir dessa medida que deveremos pautar nossas ações.
Se queremos um trânsito menos violento e mais respeitador, primeiro há que respeitarmos as normas e a legislação.
Se anelamos por pessoas honestas, e por uma justiça igualitária, necessário que nossas atitudes sejam coerentes com nosso discurso.
No dizer de Jesus, é necessário que sejamos efetivamente o sal da Terra.
Que possamos fazer a diferença com nosso proceder, na sociedade em que vivemos.
Pensemos que se pautarmos nosso viver apenas no fazer aquilo que nos convém, aquilo que nos beneficia, sem atinar com as consequências, sem pensar sobre o próximo, seremos insípidos.
E se o sal for insípido, com que se irá salgar? Pergunta-nos Jesus.
Somos a luz do mundo, afirma-nos o Meigo Rabi.
Imprescindível que nossa luz resplandeça diante dos homens, ou seja, que nossas boas ações façam a diferença no mundo em que vivemos.
Habitualmente, esperamos que alguém modifique o mundo, altere as regras da sociedade, aniquile a injustiça.
Raras vezes, entretanto, nos perguntamos como temos contribuído para tudo isso.
Todos temos condição de sermos o sal da Terra. Todos trazemos valores nobres na alma, para fazê-los brilhar no mundo, modificando suas paisagens.
Cabe-nos aceitar o convite de Jesus.
Sejamos o sal da Terra, a luz do mundo. Façamos a nossa parte, nos decidindo por agir de maneira correta, nobre e honesta. Dessa forma, a Terra terá suas paisagens morais modificadas, mais condizentes com a proposta de Jesus.
Façamos a nossa parte.
Redação do Momento Espírita.
Em 1.5.2015.
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