Em matéria de felicidade convém não esquecer que nos transformamos sempre naquilo que amamos.
Quem se aceita como é, doando de si à vida o melhor que tem, caminha mais facilmente para ser feliz como espera ser.
A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
A alegria do próximo começa, muitas vezes, no sorriso que você lhe queira dar.
A felicidade pode exibir-se, passear, falar e comunicar-se na vida externa, mas reside com endereço exato na consciência tranquila.
Se você aspira a ser feliz e traz ainda consigo determinados complexos de culpa, comece a desejar a própria libertação, abraçando no trabalho em favor dos semelhantes o processo de reparação desse ou daquele dano que você haja causado em prejuízo de alguém.
Estude a si mesmo, observando que o autoconhecimento traz humildade e sem humildade é impossível ser feliz.
Amor é a força da vida e trabalho vinculado ao amor é a usina geradora da felicidade.
Se você parar de se lamentar, notará que a felicidade está chamando o seu coração para vida nova.
Quando o céu estiver em cinza, a derramar-se em chuva, medite na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que surgirão no jardim.
* * *
É inevitável. A felicidade passa pelo caminho do amor ao próximo.
Isso não foi definido pelos sábios, pelos pensadores, nem pelos religiosos. Está nas Leis maiores que regem o Universo todo.
Notemos que nossa consciência só está tranquila, quando estamos em harmonia com os que estão à nossa volta, quando fizemos por eles tudo que estava ao nosso alcance, quando finalmente nos preocupamos com a felicidade deles. Aí começamos a descobrir a nossa.
É um processo natural do qual ninguém escapa.
A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros.
Pensemos nisso.
Reflitamos se estamos fazendo felizes aqueles que estão à nossa volta, ou se somos apenas motivo de tristeza, preocupação, embaraço.
Contribuímos para a felicidade de alguém? De quantas pessoas?
Doamo-nos aos outros sem interesse? Agimos de boa vontade nas situações corriqueiras? Ou qualquer pequeno favor é um grande esforço?
Importamo-nos com estranhos? Ou apenas com aqueles que amamos?
Temos a capacidade de defender uma pessoa que mal conhecemos? Ou apenas aqueles que queremos bem?
Façamo-nos perguntas. Estudemos a nós mesmos. Aceitemo-nos e depois aceitemos o desafio de mudar para melhor. Sem humildade não há felicidade.
E quando olharmos para trás, quando começarmos a nos desvelar perante nós mesmos, não nos assustemos.
Não há porque nos lamentarmos. O que passou, passou. O que fizemos, fizemos. Hoje não somos mais os mesmos. Se Deus nos deu uma nova chance, por que não nos permitimos usufruí-la?
Assim, a ordem é: cabeça erguida – nem tão alta para não pisar nos pequenos, nem tão baixa que não nos permita ver os que nos guiam; mente curiosa – sobre nós, sobre a vida, sempre buscando respostas e conhecimento; braços abertos – dispostos a carregar quem precise de auxílio pelo caminho.
Dessa forma, por todos os ângulos enxergaremos a felicidade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 26, do livro Sinal verde,
pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier,
ed. Comunhão Espírita Cristã.
Em 6.4.2015.
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