Estamos envoltos em um mundo de notícias que nos chegam das mais diversas formas.
Seja pelas redes sociais, pelos sítios de internet, ou através dos mais variados aparelhos eletrônicos, estamos em constante contato com o que ocorre nesta nossa aldeia global.
Alguns estudiosos chegam a afirmar que a edição diária de um jornal, hoje, traz um volume de informações maior do que uma pessoa detinha, no século XIX, ao longo de toda sua vida.
Uma boa quantidade dessas notícias destaca crimes, acidentes, desastres e violência social.
Dessa forma, vamos nos alimentando de fatos que nos chocam, nos perturbam e nos atemorizam, em uma frequência sempre crescente.
Natural que alguns de nós comecemos a desenvolver temores de que essa ou aquela situação, lida e vista nos noticiários, nos alcance.
Tememos ser protagonistas em um acidente aéreo ou em um desastre de automóvel.
Desenvolvemos certo pânico social, medo de estranhos, imaginando que qualquer um que se aproxime possa nos fazer mal, nos agredir.
Tememos a violência física gratuita, o furto, o roubo, uma bala perdida.
Geramos estados de ansiedade, pela perspectiva de sermos vítima de algum cataclisma da natureza, desses que assistimos pela televisão.
Chuvas torrenciais, inundações, deslizamentos de terra, tsunamis, furacões.
Sentimos medo crescente de que nós ou um dos nossos possamos ser infectados por bactérias ou vírus ainda sem medicamento específico para seu tratamento.
Como resultado de nos deixarmos envolver pela grande quantidade de más notícias, divulgadas com tanta frequência, passamos a temer pelo nosso destino.
Imaginamo-nos sujeitos a tudo, como se a vida fosse um grande acaso, onde as coisas nos chegassem, sem a presciência e consentimento divinos.
Verdade que nos cabe usar do discernimento e do bom senso a fim de nos prevenirmos de certos perigos.
A razão é ferramenta a ser utilizada, para que não fiquemos expostos a situações plenamente evitáveis.
Porém, uma vez que façamos a nossa parte, desde que nos orientemos de forma coerente, somente nos sucederá o que esteja nas Leis Divinas.
Isso quer dizer que nenhum de nós sofrerá o que não lhe cabe.
Por isso, tomemos as precauções na medida do razoável e descartemos o temor das nossas vidas.
A partir disso, guardemos a certeza de que a Justiça e a Bondade Divinas nos assegurarão a jornada.
Afinal, nada acontece sem a permissão de Deus.
Mesmo as situações dolorosas e desafiadoras se encontram sob a tutela do Pai.
A certeza na Providência Divina, nossa fé em Deus, nos darão tranquilidade e paz para trilharmos nossos passos.
Não nos percamos em temores desnecessários.
Nem imprevidência inconsequente, nem pessimismo paralisante.
Caminhemos, fazendo o que esteja ao nosso alcance.
E Deus, Pai bom e justo, nos ofertará o melhor a cada um, a cada dia.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 4.4.2015.
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