Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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Conta-se que, em certa localidade, havia dois irmãos. Um, desde cedo se aprimorou nas ciências, estudando e trabalhando com afinco. Conquistou um bom emprego como ministro do rei.

O outro não desejou estudar e, dadas as necessidades, empregou-se como remador. Mas vivia reclamando da boa vida do irmão e da nulidade que era a sua.

Certo dia, o rei realizou uma viagem, com seu ministro, e utilizou justamente o barco onde ele servia como remador.

Durante todo o dia, o rei observou-o a reclamar da sua má sorte e da boa estrela do irmão, sentado confortavelmente ao lado do monarca.

Quando caiu a noite e eles atracaram em um porto, o rei o chamou e lhe disse: Ouvi um barulho na margem esquerda. Você pode verificar de que se trata?

O remador foi ao local e voltou dizendo que o que o soberano ouvira fora os ruídos de uma gata dando à luz.

E quantos gatos ela pariu? - Perguntou o rei.

O remador saiu a correr e retornou com a resposta: São cinco, meu senhor.

Quantos machos e quantas fêmeas? Tornou a perguntar o rei.

Retornou o remador, voltando com a resposta mais tarde:

Senhor, são três fêmeas e dois machos.

E a quem pertencem? - Indagou de novo o governante.

Cansado, foi novamente o remador até o local para descobrir que pertenciam a um velho barqueiro.

Então, o monarca chamou pelo seu ministro, irmão do remador e lhe fez o mesmo pedido:

Ouvi ruídos na margem esquerda. Pode verificar e me informar do que se trata?

Algum tempo depois, retornou o ministro com a resposta:

Senhor, o ruído ouvido por Vossa Alteza foi de uma gata dando à luz cinco filhotes: três fêmeas e dois machos. A gata pertence a um velho barqueiro, com quem falei. Ele me disse que, tão logo tenham sido desmamados os filhotes, ele se sentirá honrado em presenteá-lo com um deles, se for do seu agrado.

O soberano olhou para o remador e disse:

Percebeu, meu filho, porque cada um de nós possui uma tarefa diferente a realizar? Cada um realiza aquilo para o que possui melhores qualidades. Uns mandam, outros executam.

Uns estudam e alcançam grandiosidades. Outros realizam o trabalho braçal, por se adaptarem bem a essa tarefa. Contudo, são todos importantes.

Volta ao teu trabalho e deixa de reclamar. Teu irmão mereceu o posto que lhe dei, que muito lhe exige.

Por tua vez, executa com amor o teu trabalho e o dignificarás. Pensa em quantas vidas transportas na tua embarcação e pelas quais és responsável. Não te desvalorizes, nem a tua tarefa. Cresce, executando-a.

*   *   *

A profissão é também uma forma de servir à Humanidade, enquanto o Espírito se encaminha para Deus.

É oportunidade de crescimento e de aprimoramento. Não desprezemos a tarefa que nos compete, por mais insignificante que nos pareça.

Redação do Momento Espírita.
Em 24.3.2015.

 

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