Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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São muitos os que atravessamos a existência na Terra sem muitas preocupações com os próprios atos.

Vivemos como se o nosso agir, a nossa postura perante a vida não fosse nossa exclusiva responsabilidade.

Por esse motivo, despreocupados com qualquer tipo de consequência, vivemos com o único propósito de amealhar, tirar vantagens pessoais.

Não falamos dos que se entregam, de forma explícita, a questões ilegais como o roubo, o furto ou tráfico.

Dizemos de nós, os que na intimidade de grandes corporações, no luxo de escritórios bem montados, atuamos no desvio de dinheiro público, na montagem de balanços forjados, na estruturação de contratos fraudulentos.

Tudo porque imaginamos a vida como um grande jogo onde aquele que consegue mais para si é o grande vencedor.

Outros de nós atuamos no mundo preocupados em agir de forma legal. Trata-se, no entanto, de uma atuação no limite da legalidade, na preocupação de não sermos pegos pela justiça, de não respondermos perante tribunais e juízes.

Não medimos esforços na busca de brechas na legislação, para encontrar meios de conseguir vantagens e o que haja de melhor para nós mesmos.

Temos ciência de não estarmos contra a lei, entretanto, serão apenas códigos humanos a nos ditar os limites de nossas ações.

Porém, não podemos nos esquecer de que a vida aqui na Terra não é patrimônio que nos pertença.

Renascemos nas lides terrenas e retornamos à pátria espiritual sob o rigor da lei Divina.

Dessa forma, todas as experiências terrenas estão sob a tutela dessa lei, cuja finalidade maior é o aprendizado e o crescimento intelectual e moral de cada um de nós.

Ao concluirmos a experiência física, seremos convidados a prestar contas de como agimos, de todo o realizado ao longo dos anos que nos foram dados a viver.

Natural que assim seja, considerando que tudo o que dispomos na Terra, incluindo nosso corpo físico, é a título de empréstimo. Nada nos pertence. Somos apenas arrendatários.

Portanto, se andarmos no mundo burlando os limites da lei, haveremos de responder, perante as leis humanas e no além túmulo.

Poderá ocorrer que, mesmo extrapolando os limites da moralidade, do correto, do respeito ao próximo, os tribunais da Terra não nos alcancem. E poderemos nos vangloriar de haver enganado a lei dos homens.

Mas, inevitavelmente, responderemos perante nossa consciência quando essa se defrontar com nossos desacertos morais. Sempre haveremos de prestar conta de nossos atos.

Diz o bom senso, então, que antes de agirmos, nos perguntemos se o que fazemos é legal, moral.

Necessário analisar se nossos atos não prejudicam o próximo, não atribulam a outrem, se não causam dificuldades a alguém.

Tudo que fizermos carrega o peso de nossa intencionalidade e haveremos de responder pelas consequências.

Importante nos questionarmos a respeito de nossas próprias ações, quais os valores que escolhemos para nossas decisões.

Afinal, serão eles que dirão da nossa felicidade ou desdita, no agora, logo mais ou em momentos mais distantes.

Pensemos nisso.

 Redação do Momento Espírita.
Em 21.3.2015.

 

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