Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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Somos seres sociais. A vida em sociedade está em nossa natureza.

Qualquer insulamento voluntário se choca com nossa característica essencial de viver em sociedade, de manter uma vida de relação.

Como o progresso é lei da vida, ao ser humano é necessário progredir e será justamente o contato social, com todos os atritos e aprendizados que daí decorrem, o grande fomentador desse progresso.

É fácil perceber que, em nosso estágio evolutivo, não dispomos de todas as condições necessárias para impulsionar o nosso próprio progresso.

Será, pois, nas relações com o próximo que iremos desenvolver competências e virtudes que ainda nos faltam.

Por isso, a Providência Divina nos oferece a oportunidade da convivência com uma diversidade grande de pessoas, para que possamos aprender e ensinar, uns aos outros.

Na intimidade familiar, encontraremos aqueles que nos servem de referência e são estímulo e exemplo para nosso progresso.

Aí teremos também aqueles que nos exigirão maior dedicação e empenho, posto que ainda estagiam em diferentes esferas de entendimento e ação.

No ambiente profissional, haverá os mais aquinhoados em capacidades técnicas e intelectuais. E os que caminham com dificuldades e limitações em suas ações.

Na sociedade, nos círculos mais próximos, ou mesmo nos contatos mais esporádicos, encontraremos aqueles que estão à nossa frente ou passos atrás.

Haveremos de encontrar muitos que nos servirão de mestres e exemplos, assim como seremos professores e modelos para outros.

A lei de cooperação faz parte dos códigos Divinos e funciona como ferramenta de aprendizado para todos nós.

Agir de maneira cooperativa está em nossa natureza e devemos nos sentir estimulados a tais atitudes.

Termos em mente que, da mesma forma que cooperamos com alguém, também recebemos o auxílio de outros, é sinal de maturidade.

Nenhum de nós consegue permanecer na existência terrena de maneira lúcida e proveitosa, isolando-se.

Ninguém é de tal sorte autossuficiente que não precise de alguém.

O eminente cientista necessita da humilde cozinheira para suas necessidades nutricionais.

O grande executivo precisa da ação da faxineira para ter seu ambiente de trabalho asseado e organizado.

A vida em sociedade é complexa teia de cooperação, onde cada um de nós é convidado a exercer o seu papel.

As falhas provenientes de um ou de outro geram distúrbios nessa estrutura, mas acabam sendo solucionadas naturalmente.

Contudo, quando evitamos participar e agir em cooperação, a perda é nossa.

Estender a mão ao próximo é oportunidade de aprendizado, mesmo sendo alguém com menores recursos e capacidades, constituindo-se ocasião de exercitarmos virtudes preciosas, como a paciência e a compreensão.

Portanto, agir com a disposição de cooperar, de estender a mão, de auxiliar, é entendimento salutar e prova de maturidade quanto ao alto significado da existência terrena.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 14.3.2015.

 

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