Enquanto muitos apregoam o fim das relações familiares e observa-se um deperecimento do afeto em tantos casais, encontra-se, em contrapartida, exemplos que tocam fundo a alma.
Contou-nos uma senhora que há alguns meses, em exames de rotina, foi-lhe constatado um início de diabetes.
O exame estava ali, mostrando a alta taxa de glicose. Sua primeira reação foi vestir-se de tristeza.
Pensou que bem podia diminuir ou até eliminar os farináceos, os tubérculos, o arroz. Mas, os doces... Como poderia ficar sem eles?
Ela já tivera problemas outros de saúde, anteriormente, bastante sérios e à conta de se recuperar, impusera-se um rigoroso ritmo de vida.
Abdicara de tantas coisas, pensava. Mas agora, teria que se privar também dos doces. Doces que ela adorava fazer e saborear.
Com que prazer criava novas receitas e oferecia pratos deliciosos à família e amigos.
Contou ao marido e ficou entabulando consigo mesma como poderia iniciar a nova dieta. E quando o faria. Naturalmente, o médico a iria melhor orientar, dizer-lhe exatamente como proceder doravante.
O retorno ao equilíbrio orgânico exigia que a decisão fosse imediata. Entretanto, ela aguardou alguns dias.
Dias que passaram lentos, morosos. Finalmente, decidiu refazer todos os exames. Outro médico. Outro laboratório. Nova coleta de material.
Dias depois, o marido foi apanhar os resultados no laboratório. Retornou ao lar e mal estacionou o carro, entrou em casa, chamando as filhas, a esposa, todos.
Na mão direita, um envelope que sacudia sem parar. Ante o suspense que se fez, ele abriu o envelope e disse, eufórico:
Este exame diz que você, meu bem, está com a dosagem glicêmica absolutamente normal. Deve ter ocorrido um engano anteriormente. Não importa.
O que importa mesmo é que você poderá continuar a comer doces. E nós vamos comemorar. Porque agora posso voltar a ficar feliz, sabendo que você não precisará se submeter a mais essa dieta, privando-se de algo que você gosta tanto.
E abraçou a esposa, as filhas, entre a emoção e inusitada alegria.
* * *
Isto se chama amor. Alguém que se importa tanto com o outro, que se alegra quando descobre que aquele não necessitará de mais um sacrifício para prosseguir a viver.
Alegra-se com a alegria dele. Entristece-se com a sua problemática.
Benditos os casais que assim levam a vida, mesmo após os anos de convivência se contarem às dezenas e os olhos não guardarem o mesmo brilho dos tempos da juventude.
Casais que compartilham tudo: o amor, a dor, a alegria, o desconforto. Que se apoiam mutuamente, nos dias de invernia.
* * *
Enquanto segue a dois, lembre-se de usar a ternura, vez ou outra.
Lembre ao cônjuge que o amor ainda prossegue a fazer vibrar o seu coração.
Encontre palavras de carinho para enfeitar o dia de quem caminha, na vida, ao seu lado.
Recorde enfim, que a relação conjugal é uma oportunidade de progresso e redenção e que não foi o acaso que os reuniu. E não se canse de utilizar a frase sempre aguardada dos lábios de quem ama: Amo você!
Redação do Momento Espírita, a partir de fato ocorrido com o
casal Lannes Boljevac Csucsuly e Abigair Ivone Csucsuly.
Em 11.3.2015.
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