Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone Somos todos instrumentos

Francisco de Assis foi um homem que revolucionou os dias do seu tempo.

Tomando consciência da sua missão, despojou-se de todas as regalias.

Em plena praça, frente à família e ao Bispo de Assis despiu-se da própria roupa e partiu para viver e pregar a mensagem da simplicidade e do amor, essência do Cristianismo.

Tinha claro que a vida e nossas ações são feitas de opções. E ele optou de maneira lúcida em amar a todos, até a exaustão, se necessário fosse.

Consciente de que nossas atitudes se refletem ao redor de nós, tinha plena percepção de que somos instrumentos daquilo que desejamos propagar.

E, por isso, se tornou instrumento da paz do Cristo. Ele desejava propagar a paz, incentivar a paz, pacificar aonde fosse.

Assim, suas ações, seu verbo, seu viver eram pacificadores, fomentavam e incentivavam a paz.

De forma consciente ou não, intencional ou acidentalmente, somos sempre instrumentos de algum propósito.

Ao observarmos o exemplo de Francisco de Assis, nos cabe refletir: Em nosso caminhar, a que propósito temos servido?

Muitos fomentamos a miséria. Quando atuando como políticos, desviamos verbas públicas. Enquanto gestores, somos relapsos, utilizamos mal os recursos que deveriam beneficiar a todos.

Tantos de nós alimentamos a intriga, tornando-nos fofoqueiros, maledicentes, semeando a dúvida e a incerteza nos relacionamentos.

Alguns decidimos incentivar a violência. Agressivos, revidamos ao que esteja em desacordo com a nossa vontade; não toleramos nenhum deslize alheio, sempre prontos para o confronto.

Porém, há muitos que optamos por sermos instrumentos da gentileza.

Fazemos questão de tratar o próximo com respeito, agimos com amabilidade, enfrentamos as dificuldades com doçura e tranquilidade.

Decididos a nos tornarmos instrumentos da justiça e do bem proceder, honramos os nossos compromissos financeiros. Exercemos nossa cidadania, respeitando os direitos do próximo, enquanto atentos aos próprios deveres.

Lutamos para desfazer injustiças, tanto nas pequenas contendas como em grandes questões sociais.

Sim, inúmeros de nós já aderimos à proposta do pobre de Assis, buscando seguir-lhe o exemplo de instrumento da paz.

Buscamos em nosso agir, em nosso falar, na relação com o próximo, fomentar o consenso, amenizar divergências.

*   *   *

Onde nos situemos, seremos sempre instrumento do que carregamos no íntimo, oferecendo ao mundo aquilo que trazemos no coração.

Dessa forma, cabe a cada um de nós identificar quais os propósitos e valores que nos movem no mundo.

Todos desejamos um mundo de paz, justiça e fraternidade.

Pois esse mundo começa em nós, com o exercício dos valores bons e nobres que desejamos ver disseminados.

Sejamos instrumentos da paz, do bem, do amor que tanto desejamos para nossa sociedade, para nosso mundo.

Redação do Momento Espírita.
Em 28.2.2015.

 

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