Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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ícone Opções e caminhos

Caminhar pela existência terrena é encontrar dificuldades, atribulações, dias difíceis e tentadores.

Tal como a escola sem desafios e feita somente de diversão e recreio perderia seu propósito, também a vida perderia sua proposta de aprendizado e crescimento se assim não fosse.

Essas situações se constituem, ao mesmo tempo, em desafios existenciais e convites ao aprendizado.

Cabe a cada um de nós perceber a riqueza de oportunidades que a vida nos oferece, mesmo que, muitas vezes, sob o jugo das dificuldades ou das dores.

O parente difícil, arrogante ou desrespeitoso pode ser o fomentador de nosso desequilíbrio, o causador de tensões familiares e contendas intermináveis.

Ou podemos considerá-lo como o convite da vida para estendermos um pouco mais os limites de nossa paciência, ampliar nosso olhar de compreensão sobre suas limitações. Uma mesma situação, duas maneiras de ver.

A doença que nos chega repentina e avassaladora, redirecionando caminhos, limitando planos, pode ser vista como chamamento para a reflexão, para a modificação de valores e de postura perante a vida.

Da mesma forma, pode conduzir-nos à depressão, ao desânimo, à falência da fé.

A mesma ocorrência, caminhos distintos a serem tomados.

As dificuldades financeiras, a necessidade de esforço intenso para determinadas conquistas, os obstáculos frequentes para alcançar o que sonhamos pode ser um desestímulo, um convite ao abandono dos sonhos.

Porém, pode também se constituir em fonte de aprendizado e valorização das conquistas alcançadas.

Assim é feita nossa existência: de grandes e pequenos desafios. Simples atrapalhos e imensas dificuldades a enfrentar.

Cada um deles representa um convite que a vida nos faz.

E sempre caberá a nós a opção de como agir diante desses convites.

Não há no mundo quem não os tenha recebido.

Madre Tereza, no início de seu apostolado, era apenas uma desconhecida freira católica a pedir comida para os esfomeados da sua Calcutá, na Índia.

Foi Prêmio Nobel da Paz, paz que semeou pelo mundo das dores e das necessidades.

Francisco Cândido Xavier era um simples funcionário público, pouco escolarizado, a dialogar com os Espíritos e atender as dores do povo, no pequeno burgo de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais.

Tornou-se a mais aprimorada antena psíquica que a Terra já recebeu.

Marie Curie, a grande mulher das ciências modernas, era apenas uma desconhecida imigrante polonesa, na Paris do século XIX, tentando estudar e sobreviver.

Foi Prêmio Nobel por duas vezes e ofereceu ao mundo as suas descobertas, amenizando dores dos seus irmãos em humanidade.

Nenhuma dessas conquistas foi simples ou fácil. Nenhum desses sonhos foi alcançado sem grandes esforços e renúncias.

Porém, essas pessoas optaram por enfrentar os problemas, dificuldades e limitações pessoais, da melhor forma que lhes foi possível.

*   *   *

Somos o resultado das opções que fazemos.

Assim, se percebermos que algo há a melhorar, utilizemos o tempo de que ainda dispomos para isso.

Se concluirmos que os caminhos pelos quais transitamos não são os mais adequados, retifiquemos os próprios passos.

Teremos sempre a chance de corrigir nossos planos, reformular opções, refazer a estrada em algum ponto em que nos equivocamos.

Pensemos nisso.

 

Redação do Momento Espírita.
Em 21.2.2015.

 

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