Cada vez mais frequente se faz o número daqueles assustados pela violência social.
As ocorrências que pareciam distantes, no noticiário, hoje são fatos em nossas relações sociais e familiares.
Somos todos tocados pela violência, senão pessoalmente, através de alguém do nosso círculo familiar ou de amigos.
Deixou de ser apenas um comentário abstrato para ser realidade a se conviver.
Temendo-a, muitos nos trancamos em casa, fechamo-nos em nós mesmos e para o mundo.
Vitimados pela violência, alguns aderimos a ela, tornando-nos agressivos, num mecanismo do instinto animal de defesa.
Armamo-nos, programamos vinganças, planejamos reações frente a um possível roubo, a uma invasão familiar, ou a uma abordagem na via pública.
Vítimas que nos sentimos da violência, nos utilizamos dela mesma para o que alegamos ser nossa autodefesa.
Sem nos darmos conta de que assim agindo, apenas engrossamos as fileiras dos violentos, passamos a atuar como agentes do mal.
Porém, muitos nos cansamos da violência, não suportando mais viver nessa interminável troca de sermos agredidos e revidar, sermos vítima e algoz.
Exauridos e um tanto mais amadurecidos, percebemos ser necessário encontrar outros mecanismos para o combate eficaz contra ela.
Somos os que elegemos a paz como o grande antídoto, não nos limitando à sua definição, ao seu conceito ou em somente a citá-la em frases de efeito.
Somos os que nos tornamos pacificadores, pois que passamos a vivenciar, cultivar e multiplicar a paz.
Nossas ações deixam de ser reativas e passam a ser proativas.
Não nos permitimos ser alvos fáceis da violência alheia, mas também não lhe fazemos coro, nem nos deixamos contaminar por ela.
Somos homens e mulheres que decidimos que nosso falar e nosso agir devem ser de paz e para a paz.
Somos as pessoas que, maltratadas no trânsito pela grosseria alheia, agimos com gentileza.
Quando atingidas pela falta de urbanidade de alguns, no trato cotidiano, optamos por oferecer atitudes de cidadania e respeito.
E quando enfrentamos achaques, mau humor e grosseria de um familiar ou de um colega de trabalho, guardamo-nos no silêncio da paz que cultivamos, aguardando momento oportuno para retomar o diálogo.
Somos os pacificadores do mundo. Somos os que estamos transformando a Terra em um mundo de paz.
Somos os que conseguimos entender a proposta franciscana e a ela aderimos: Onde houver violência, que eu leve a paz.
Unamo-nos nessa proposta.
Façamos de nossas ações, atitudes, diálogos, um hino à paz.
Se nos deparamos com a violência no mundo, que possamos oferecer atitudes de paz.
Será apenas dessa forma, com uma invasão de pacificadores que a violência será banida, não encontrando mais lugar na sociedade.
Que essa mudança parta de nós, que sejamos dos primeiros a aderir à pacificação, tornando-nos seus artífices mais dedicados e valiosos.
Ante o vozerio dos agressivos, sejamos a voz da serenidade.
No tumulto, nos asserenemos e convoquemos os demais à pacificação, cujos efeitos mais imediatos são a tranquilidade, a harmonia, em fomento da paz.
Redação do Momento Espírita.
Em 14.2.2015.
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