No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem em um banco, perto do playground.
Aquele, logo ali, é meu filho, disse ela, apontando para um pequeno menino usando um suéter vermelho e que deslizava no escorregador.
Um bonito garoto, respondeu o homem e completou: Aquela, usando vestido branco, pedalando sua bicicleta, é minha filha.
Então, olhando o relógio, o homem chamou a menina.
Filha, o que você acha de irmos?
A garota suplicou: Mais cinco minutos, pai. Por favor, só mais cinco minutos.
O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria do seu coração.
Os minutos se passaram, o pai levantou-se novamente e falou para a filha: Hora de ir.
Outra vez, ela pediu: Mais cinco minutos, papai. Só mais cinco minutos.
O homem disse: Está certo!
O senhor certamente é um pai muito paciente! Falou a mulher.
O homem, com um sorriso um tanto melancólico, falou: O meu filho mais velho foi morto por um motorista bêbado no ano passado, quando pedalava sua bicicleta perto daqui.
Eu nunca passei muito tempo com ele e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com meu filho.
Eu me prometi não cometer o mesmo erro com a irmã dele.
Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta. Mas, na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-la brincar.
* * *
Com a agitação da vida moderna, nem sempre nos damos conta da importância de dedicar um pouco mais de tempo para nossos amores.
Sob o império do relógio, estamos sempre apressados, atrasados, atropelados e atropelando os passos despreocupados dos pequerruchos.
Tanto isso é uma realidade que encontramos muitas crianças contaminadas pelas neuroses dos pais.
Num período de tempo em que a criança deveria andar devagar, observar o mundo ao seu redor, esse mundo totalmente novo para ela, muitas já são vítimas da correria desenfreada que os pais lhes impõem.
A criança entra numa roda viva em que não tem tempo de brincar, de conversar com um amiguinho, de observar despreocupadamente uma vitrine, uma cena da natureza pois é arrastada pelas mãos nervosas de pais que estão sempre correndo, sempre em busca de um tempo que já se foi.
Você que é mãe ou pai, faça uma pequena pausa no seu dia, repense suas atividades, estabeleça prioridades e considere a importância de cinco minutos a mais de atenção aos filhos, sejam eles crianças, adolescentes, jovens ou adultos.
Dia desses, uma mãe nos disse que seu filho é uma pérola preciosa de valor incalculável. E falou isto com o coração cheio de ternura. O filho tem quase trinta anos, mas a mãe o conhece muito bem e sabe o valor que ele tem.
Certamente, ela o acompanha desde o ventre, dando-lhe atenção e carinho, sem se preocupar com o relógio, embora não negligenciando com suas obrigações.
Hoje em dia, alguns pais só sabem enumerar os defeitos dos filhos porque não têm tempo para conhecer suas virtudes, nem de apreciá-las.
O que ressalta é sempre o fato de estarem atrasados para levantar, para se deitar, para ir à escola ou para o curso disso ou daquilo.
O tempo passa breve e um dia os filhos crescem, se casam ou viajam para a pátria espiritual. E deixam, nos pais descuidados, uma enorme sensação de vazio, por não terem percebido que os minutos se transformaram em anos.
Por todas essas razões, pare um pouco e se pergunte: Quais são as minhas prioridades?
E pense na possibilidade de dar a alguém que você ama mais cinco minutos do seu tempo, ainda hoje!
* * *
O rio das horas corre, levando em suas vibrações-tempo as oportunidades perdidas.
Redação do Momento Espírita,
com base em fatos.
Em 30.1.2015.