Momento Espírita
Curitiba, 23 de Novembro de 2024
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 Você já pensou no que significam as oportunidades em sua vida?

Ao contrário do que muitos imaginam, as oportunidades nem sempre nos chegam da maneira que desejamos, mas sempre nos são oferecidas de acordo com nossas necessidades.

A oportunidade de quitar um débito, por exemplo, não deixa de ser uma grande chance, que nem sempre sabemos aproveitar.

Isso aconteceu com uma mulher, de aproximadamente 30 anos, quando descobriu que estava grávida e que o corpinho do seu bebê era malformado.

Ela, desprezando a grande oportunidade que Deus lhe concedia, disse ao médico que tentava convencê-la a deixar nascer a criança:

Farei aborto de qualquer forma, pois jamais deixaria nascer um monstrinho como meu filho. Se Deus o mandou para a Terra, eu vou devolvê-lo para o céu.

Desconhecendo ou ignorando a misericordiosa Lei da reencarnação, aquela mulher negou o ventre a um Espírito que lhe suplicava uma oportunidade de voltar ao corpo físico, embora deformado, em busca da redenção particular que o credenciaria a melhores dias.

Fechando as portas ao Espírito, negou a si mesma a chance de acolher e amparar um afeto de outrora que despencou nas valas do desequilíbrio com sua participação e cumplicidade.

Certamente, uma grande oportunidade perdida...

Uma excelente chance de resgatar um débito contraído perante as Leis Divinas, atirada pela janela da insubmissão, sem a menor reflexão.

Se aquela mulher tivesse se lembrado de apenas um dos ensinamentos de Jesus de Nazaré, não teria cometido tal crime. Bastaria recordar-se de que a cada um será dado conforme as suas obras, e teria agradecido a Deus a oportunidade bendita.

Logicamente outras oportunidades surgirão, mesmo que através da mensageira que mais se tem feito ouvir pelas ovelhas rebeldes: a dor.

Mas nem todas as pessoas agem de forma tão inconsequente.

Uma jovem mulher, de 22 anos de idade, recebeu a mesma notícia que a outra, e sua atitude foi completamente diferente, diante do obstetra que lhe mostrou os exames do feto com má formação.

Disse ela: Eu nem sonho em pensar no aborto. Quero agradecer a Deus a confiança depositada em mim, enviando-me um filho tão fraquinho. Vou fazer todo o possível para cuidar bem dele.

Sem dúvida, uma oportunidade muito bem entendida e aproveitada.

Resta-nos a pergunta:

Quantas oportunidades de redenção não temos levado à conta de castigo Divino, e jogado pela janela?

Infelizmente, a resposta para esse questionamento quase sempre nos chega tarde demais.

*   *   *

As deficiências do corpo físico são provocadas pelo próprio Espírito nele encarnado.

Um fumante, por exemplo, que fez uso do cigarro durante muitos anos, pode lesar seus pulmões a tal ponto que, na próxima reencarnação, tenha, desde cedo, problemas sérios.

Ou, então, um alcoólatra inveterado poderá renascer num novo corpo trazendo consigo os velhos problemas de fígado, conquistados na existência anterior, e assim por diante.

Por essa razão, uma existência num corpo enfermo ou deficiente é uma excelente oportunidade de reparação perante as Leis que regem a vida, se bem aproveitada.

E, por essa razão também, não temos o direito de negar uma nova chance ao Espírito necessitado de reajustamento, praticando o abortamento do seu corpo em formação.

Ademais, lembremo-nos sempre de que Jesus, o Sábio dos sábios, alertou que é preferível entrar na vida sem alguns membros, do que cair novamente por causa deles.

 

Redação do Momento Espírita com base no artigo As
duas faces da campanha, da Associação Médico-Espírita do Paraná.
Em 18.10.2010.

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