Momento Espírita
Curitiba, 24 de Novembro de 2024
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ícone O Escultor de almas

O nobre carpinteiro de Nazaré era um extraordinário escultor de almas.

Numa época plena de preconceitos e discriminações, Ele acolhia a todos.

À mulher adúltera convidou que se erguesse, recompusesse sua vida, mas não tornasse a errar.

Ele frequentava a casa de amigos, conhecidos e até de desconhecidos, e com eles fazia as refeições. Enquanto se alimentava, oferecia o pão da vida aos que partilhavam a refeição.

Conhecedor das limitações humanas, amou incondicionalmente a Humanidade. Ofertou o perdão como dádiva generosa para que a criatura tivesse a chance de recomeçar, de tentar outra vez e outra mais.

Refinado na arte de pensar, ensinava tesouros de sabedoria com poucas palavras.

Os mansos herdarão a Terra, lecionou. Diferente do poder do mundo, Ele prometia os territórios do Seu reino para os que vivenciassem a mansidão.

Estimulando os homens a pensar, convidou a que observassem os pássaros do céu e as flores dos campos. Nas entrelinhas, Ele ensinava que o homem deve aprender a olhar para a natureza e desfrutar da sua beleza. Deve erguer os olhos ao céu e não somente mantê-los fixos nas coisas da Terra.

Profundo conhecedor da alma humana, trabalhava a emoção das criaturas.

Tomou a juventude do Apóstolo João, arrebatado, e lhe esculpiu a emoção. Ele se tornou o poeta do amor.

Tomou da experiência do Apóstolo Pedro e o convidou a ser pescador de almas.

Ouvindo a disputa entre os discípulos, discorreu sobre quem seria o maior, no reino dos céus.

Tomou da lâmina do Seu exemplo, para entalhar nas suas almas o exato cumprimento do dever. Por isso se fez pequeno, ao ponto de somente admitir estar acima das pessoas quando foi cravado na cruz.

Ouvia perguntas absurdas e pacientemente trabalhava nos becos da alma dos que O buscavam.

Tomou de uma semente de mostarda para falar do vigor da fé. Serviu-se de imagens da natureza para as lições da sabedoria.

Tudo para ensinar que nas pequenas coisas se escondem os mais belos tesouros.

Escultor de almas, trabalhou pacientemente as pessoas consideradas escórias da sociedade. A todas ensinou a arte de amar.

Trabalhou com pessoas difíceis para mostrar que vale a pena investir no ser humano.

Finalmente, ensinou com Seu exemplo que a felicidade não está nos aplausos da multidão ou no exercício do poder.

A Sua conduta expressou que a felicidade se encontra nas avenidas da emoção e nas vielas do Espírito.

*   *   *

Aprendamos com o Mestre da vida a ter uma vida rica social e emocional.

Voltemos a fazer coisas simples. Andemos descalços na areia, cuidemos de plantas, criemos animais.

Façamos novos amigos, conversemos com vizinhos, cumprimentemos as pessoas com um sorriso.

Leiamos bons livros, meditemos sobre a vida, escrevamos poesias.

Rolemos no tapete com as crianças, façamos do nosso ambiente de trabalho um oásis de prazer e descontração.

Redação do Momento Espírita, com base no
 cap. 2, do livro
O mestre do amor, de Augusto Cury,
Academia de Inteligência (Coleção Análise da
Inteligência de Cristo).
Em 19.12.2014.

 

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