Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
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ícone Simplesmente não aconteceu

Os dias agitados, as conturbações sociais, as dificuldades destes tempos fazem com que sejamos tocados, com frequência, por problemáticas inúmeras.

Ora somos vitimizados pela violência social que nos chega na forma de furtos, roubos ou agressões.

Doutras vezes cruzamos com pessoas desequilibradas, que nos envolvem com seus desatinos e insensatez.

Outros despejam sobre nós seus discursos e ações doentias, nos prejudicando ou nos conduzindo a distonias comportamentais, que se refletem, como consequência, em nosso organismo.

E, de tal forma essas ações impactam nosso cotidiano que, muitas vezes, passamos a relatar tal ou qual fato que nos ocorreu, multiplicando, dezenas de vezes, o ato infeliz do qual fomos vítimas.

Passamos, em nossos relatos, nas nossas conversas, a reproduzir o mal recebido, revivendo as tormentas e dificuldades da situação ocorrida.

E assim vamos valorizando o mal de maneira exagerada, desnecessária e sempre prejudicial.

Vamos contaminando outras pessoas e ambientes, com nossos relatos, sem atentarmos onde estamos e com quem estamos, infundindo medos, receios, sentimentos de pavor. Totalmente desnecessários.

Por outro lado, quase nunca nos damos conta de quantas coisas não nos acontecem.

Se somos alvo da maldade de uns, imprevidência de outros, desequilíbrio de alguns, sem dúvida, temos muito mais a relatar de fatos que poderiam ter ocorrido conosco e não chegaram a acontecer.

Enquanto preocupados em reclamar e enfatizar o mal que respinga em nós, deixamos de valorizar os recursos que a Providência Divina oferece para nos amparar e proteger.

Não percebemos que os descuidos que nos permitimos oferecem oportunidade para grandes dificuldades.

E a bondade de Deus encontra os meios para minimizar, até mesmo neutralizar consequências nefastas que poderiam decorrer da nossa imprevidência.

Quantas vezes a Providência Divina já nos direcionou os passos a outros trajetos, em nossos percursos diários, evitando que viéssemos a sofrer acidentes, percalços, dificuldades de qualquer sorte.

Não raro nos atrasamos, perdemos o meio de transporte, indisposições nos sucedem, que consideramos momentos ruins. Contudo, em diversas situações, isso representa a proteção da Divindade para que males maiores não nos alcancem.

Poucas vezes nos damos conta dessa ação benfazeja da Divindade, protegendo-nos, através de inúmeros mecanismos, simplesmente para que o mal não nos alcance.

Portanto, ante pequenos contratempos que fogem ao nosso controle e à nossa vontade, ou algo inconveniente que nos atinja, busquemos, antes de tudo, refletir.

Antes de reclamar, de gastar nosso tempo a reviver emoções desagradáveis, reflitamos se não devemos agradecer.

Reflitamos a respeito do mal que nos sucedeu e o tanto mais que poderia ter ocorrido e constataremos quanto estamos sendo amparados.

Essa breve reflexão nos permitirá perceber como somos cuidados pelo amor de Deus.

Por isso, mantenhamos nos lábios e no coração o agradecimento ao Pai que nos ampara, nos protege, nos sustenta a vida.

Aprendamos a agradecer pela dificuldade, pelo mal ou pelo problema que simplesmente não nos aconteceu, graças à interferência Divina.

Redação do Momento Espírita.
Em 6.12.2014.

 

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