O que se faz com uma oportunidade? Será que sabemos detectar quando uma oportunidade nos é dada?
Às vezes, ela passa por nós e não percebemos. Até acreditamos que seja um transtorno. Tudo depende do ponto de vista.
A história de Jim é um grande exemplo. Ele tinha apenas dezesseis anos e morava em Los Angeles.
Um dia, meteu-se em uma grande enrascada. Junto com outros garotos da mesma idade planejou uma travessura juvenil.
Dirigiram-se a um posto salva-vidas e roubaram algumas pranchas de surfe.
Não andaram muito, pois foram apanhados e levados para a delegacia.
A polícia, no entanto, em vez de registrar a queixa formal, ofereceu uma negociação aos adolescentes.
Se eles trabalhassem pelo período de seis semanas, naquele verão, como salva-vidas, sem ganhar absolutamente nada, ficariam livres.
O acordo foi aceito. Jim e os outros meninos passaram aquelas férias fazendo o que os salva-vidas pediam. Eram encarregados de pequenos serviços e da limpeza.
E foi num dia que parecia não ter nada de diferente, que tudo aconteceu.
Jim observou um dos nadadores salvar a vida de um menininho. Primeiro, foi a retirada do garotinho dos braços hercúleos das ondas.
Depois, os esforços para expulsar a água que o garoto engolira para retornar à respiração normal.
Aquilo mexeu com Jim. Naquele momento ele decidiu: queria ser salva-vidas.
Queria que sua vida significasse alguma coisa mais do que só ficar pela praia encontrando garotas.
Quando o período de seis semanas de serviço obrigatório acabou, Jim pediu para se tornar um salva-vidas.
Ele era um bom nadador. Tinha bom preparo físico, porque na escola era corredor de campos e trilhas.
Mesmo assim, precisou se esforçar bastante para ficar preparado e passar no teste.
Com o certificado de salva-vidas nas mãos, ele correu para casa e exibiu o documento a todos os seus familiares.
Porque ainda estava na escola, durante o ano letivo ele trabalhava somente em fins de semana.
Mas, nas férias, dedicava-se em tempo integral. Tão grande era sua dedicação que, mesmo quando não era o seu turno, ficava com os salva-vidas, ajudando, quanto possível.
No primeiro mês de trabalho, ele auxiliou uma dúzia de pessoas, tirando-as da ressaca do mar.
Tinha um raciocínio rápido e uma velocidade de raio. Salvar pessoas lhe parecia muito natural.
Enfim, era bom no que fazia porque amava fazer aquilo. Ele gostava de todas as pessoas com que trabalhava.
A praia e a torre do posto de salvamento tornaram-se seu lar, longe de casa.
Mas o melhor de tudo é que Jim sabia que estava fazendo algo importante.
* * *
Detectar as oportunidades constitui sabedoria. Por vezes, a Providência Divina nos acena com chances que não chegamos a perceber.
Assim, no seu dia a dia, examine com cuidado tudo que lhe acontece.
Antes de alegar infelicidade por algum acontecimento, pense se dele não pode extrair algo bom, útil para sua vida.
Quase sempre você descobrirá que existe um outro lado, positivo, em ocasiões que lhe parecem, num primeiro momento, de infelicidade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.
Heróis também precisam de heróis, do livro
Triunfos do coração, de Chris Benguhe,
ed. Butterfly.
Em 27.11.2014.
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