Momento Espírita
Curitiba, 22 de Novembro de 2024
busca   
no título  |  no texto   
ícone Olimpíadas especiais
 

Há alguns anos, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.

Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.

Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar.

Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então viram o que aconteceu com o colega e voltaram. Todos eles.

Uma das meninas, portadora de Síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e lhe disse:

Pronto, agora vai sarar.

E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.

O estádio inteiro se levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam lá, naquele dia, continuam repetindo esta história até hoje.

E por quê?

Porque, lá no fundo, nós sabemos que o que importa mesmo não é ganhar sozinho.

O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar o curso.

Nesses dias de pressas e atropelos, quando cada um quer chegar em primeiro lugar na corrida para o sucesso, vale a pena fazer uma pausa para pensar onde queremos chegar.

Refletir sobre a recompensa que nos aguarda ao final da escalada.

Pensar se valerá a pena receber um prêmio pelo esforço individual se, para chegar lá passamos por cima daqueles que estavam no chão, ou daqueles que nós mesmos derrubamos.

O desejo de vencer é nobre, desde que o acompanhe o sentimento de fraternidade, de solidariedade.

Como diz o cancioneiro popular, é impossível ser feliz sozinho.

Se formos o vencedor, para que a nossa vitória tenha graça, é preciso que a compartilhemos, no mínimo, com uma pessoa. Senão a vitória não tem sentido.

Por tudo isso, façamos das nossas lutas diárias uma Olimpíada especial tanto quanto aquela de Seattle.

Se, porventura, percebermos que alguém caiu, detenhamos o passo e, se for preciso, voltemos para estender-lhe a mão e ajudá-lo a levantar-se.

Afinal de contas, não sabemos se, logo mais não seremos nós que estaremos no chão, esperando que alguém ouça os nossos soluços de dor e pare para nos ajudar a levantar e retomar o passo.

*   *   *

Quando alguém caminha só, pode ser detido por qualquer obstáculo no caminho, por menor que ele seja. Mas se nos acompanham outros companheiros de caminhada, seremos fortes o bastante para remover ou superar grandes desafios.

Porque, lá no fundo, nós sabemos que o que importa mesmo não é chegar sozinho.

O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar o curso.

Pensemos nisso!

 

Redação do Momento Espírita, a partir de texto
 enviado à Redação por Ricardo Hofmann.
Em 20.08.2010.

© Copyright - Momento Espírita - 2024 - Todos os direitos reservados - No ar desde 28/03/1998